Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).
O ENVELHECIMENTO está cercado de muitas concepções falsas e a imagem que se tem dela, varia de cultura em cultura, de tempo em tempo.
GRÉCIA CLÁSSICA – Ao idoso era reservado um lugar subalterno, até que "Platão" anunciou que a velhice envolvia "sensatez e juízo".
Em sociedades antigas o ancião era visto com uma aura de privilégio sobrenatural que lhe concedia uma vida longeva e como resultado, este ocupava um lugar primordial, onde a longevidade se associava com a sabedoria e a experiência. Assim era nas sociedades orientais, principalmente na China e Japão.
ANTIGA ROMA – Os anciões estavam com a bola toda. Eram os “pater famílias” e ocupavam importantes cargos no Senado, o que gerava a maior bronca nos jovens.
Com a queda do Império Romano foram também perdendo seu lugar de destaque na sociedade e mais uma vez se tornaram vítimas da superioridade juvenil. Incas, Astecas e Antigos Hebreus – Anciões em alta também.
CRISTIANISMO – A coisa piora e muito. Em termos gerais, esta etapa expôs uma visão pra lá de negativa da velhice.
No século VI, identificou a velhice com a cessação da atividade, iniciando ali a concepção moderna de isolamento dos velhos em retiros. Por outro lado, o homem medieval temia e buscava os meios de escapar da velhice, seja por meio da fantasia, seja por meio da ciência.
Nos períodos do Renascimento e do Barroco persistiu a ideia da inevitável decrepitude e do caráter melancólico da velhice.
A crença de que o diabo movia a fantasia, justificou a perseguição e execução de milhares de mulheres anciãs, conhecida como a "caça às bruxas". A Idade Média se caracterizou também pela época dos mais fortes e dos poderios militares, o que colocava os anciões como submetidos aos mais fortes e formavam parte da população escrava e servil.
Séc. XIV e XV – A peste e a cólera deixam um saldo positivo de população idosa que sobreviveu por terem se mostrado mais resistentes, de novo os jovens se unem contra eles, passando a ridicularizá-los.
Séc. XVI – O culto à beleza volta a imperar e aos idosos, outro ataque aos anciões.
Séc. XVII a XIX – O numero de pessoas em idade avançada aumentou com o avanço da medicina, começando a serem descartados certos mitos da velhice. Mas com a "Revolução Industrial", sem serem absorvidos no mercado de trabalho, passam a ser "relegados à miséria"... os COITADOS !!!!
Séc. XX – Surgem a "gerontologia" e a "geriatria" como disciplinas formais. Novidades à vista.
Séc. XXI - Hoje existe um movimento de valorização do idoso, mas estamos batalhando pelo fim do estereótipo da velhice sozinho, pois os meios de comunicação ainda não espelham a realidade encontrada na sociedade.
No início da década de 90 ocorreu uma leve mudança na visão negativa da velhice em programas e filmes como “Assassinato por escrito”, “Cocoon” e “Conduzindo miss Daisy”, mas parou por aí...
Mas, boas novas nos esperam. O "IBGE" concluiu que até 2050, a expectativa de vida do brasileiro será de 80 anos. O idoso está entrando de cabeça no mercado de consumo. Tudo indica que jovens e idosos caminharão "harmoniosamente" neste novo século, pois a igualdade no percentual dentro da pirâmide da faixa etária será a mesma.
O interesse econômico vai obrigar a mídia a focar esta importante parcela da sociedade, promovendo a "conscientização" da visão que a sociedade possui do que é ser velho hoje em dia.
Enquanto não desperta definitivamente, cabe a grupos de "antenados" espalhados pelo mundo como a nossa Banda Devassa, tirar o ranço da clássica velhice e revolucionar o conceito do "novo-idoso.
>>> Tenha alta dose de dinamismo, entusiasmo, curiosidade, levando-nos a trilhar sem prepotência, os muitos anos que temos pela frente... (devassa-se).
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