"VELHICE E BELEZA"
Não é muito difícil perceber que nossas emoções e sentimentos refletem-se em nossa fisionomia e, sendo assim, são eles os "escultores" do nosso rosto. Houve também quem dissesse que até os trinta temos o rosto que Deus nos deu, mas daí para diante passamos a ser responsáveis pela nossa face. Por que "daí em diante?" Porque é daí em diante que passamos a ser mais senhores de nossas emoções. Porque é daí em diante que, mais amadurecidos, podemos melhor controlar as emoções negativas: medo, tristeza, desânimo, raiva etc.
Qualquer pessoa pode observar os estragos que causam a um rosto, mesmo jovem, as expressões de ódio, ciúme e inveja que sobem à tona. Se o indivíduo, especialmente a mulher ciumenta e enfurecida, em hora de crise, se visse no espelho, tomaria forçosamente outra atitude, ou melhor, mudaria a maquilagem.
Quando ainda se é muito jovem e a raiva ou o medo são passageiros, tudo ainda vai bem; mas quando já se passou dos trinta se conservarmos os sentimentos negativos e destrutivos por muito tempo, aí tudo vai mal.
Tristeza, aborrecimento, raiva, inveja, nada disso embeleza ninguém. Quem ainda não ouviu falar das rugas de desgosto, de faces marcadas pela adversidade? O desânimo estampado numa fisionomia dá-nos a impressão de desabamento. Os músculos faciais amolecem e tombam, a começar pelas pálpebras, que se tornam pesadas.
A boca amarga tem os cantos decaídos, e as bochechas pendem. Eis a máscara dos tristes, dos desanimados, dos desgostosos, dos derrotados, daqueles que não querem mais nada nem com a vida, nem consigo mesmos. Se conservamos esta feia máscara por muito tempo, claro está que teremos muita dificuldade em por tudo de novo em seus devidos lugares. Ao contrário, uma fisionomia cheia de ardor e de amor à vida e ao próximo não parece iluminada por dentro? E está. A lâmpada, a luz que brilha e se reflete neste rosto existe, sim, e tem um nome - (alegria).
"Alegria é sol"... "Tristeza é sombra".
A velhice não é incompatível com a beleza, uma vez que há velhos belos, e jovens feios: rugas versus acnes. Assim como juventude não é sinônimo de beleza, velhice não é sinônimo de feiura. Quem nega isso? Você? Olhe então para os jovens, os moços; o simples fato de terem a pele lisa, a carne rija não lhes confere o título de bonitos. Pois podem ter tudo isso e mais os traços feios, o gesto desgracioso, o todo deselegante.
Quantos vemos pelas ruas, praias e praças que não podemos considerar belos? São só jovens. Alguns pretendem que "não há moça feia". São pessoas - (digo, homens) - que julgam, pondo um olho na mulher e outro na data do seu nascimento.
Há pessoas feias do berço ao túmulo e há as que são belas a vida inteira. Ainda há aquelas que, tendo sido insignificantes na juventude e na mocidade, com a maturidade ganham beleza, apesar dos chamados "estragos do tempo".
A cabeça grisalha, ou branca total, ou mesmo a lustrosa e rosada careca concedem-lhes um charme que não posuíam na decantada juventude. Um acréscimo no peso encorpando a figura indecisa pode dar-lhes categoria, além da expressão de experiência e ciência da vida que lhes concede, no todo, aquele ar de dignidade, fruto da auto-segurança. São pessoas que pisam com os dois pés em terra firme. Qualidades que vêm de dentro brilhar à tona. Quantos conhecemos, homens e mulheres, que ganharam beleza com o passar dos anos.
>>> "O tempo os burilou como a uma pedra preciosa".
É o preconceito contra a velhice que cria este horror a todo sinal de envelhecimento: pele enrugada, cabelos brancos, careca, e o corpo que se vai modificando em suas linhas. Eis que nos modificamos ao longo de toda a vida. Não somos nunca os mesmos na face dos espelhos. Mas nada nos deve impedir de sermos belos ao longo de toda a vida. Belos quando bebês, belos quando meninos ou meninas, belos ainda como jovens; ainda belos como homens ou mulheres; mais tarde belos ao atingirem a meia-idade e, por que não belos quando anciãos?
Pintores, escultores, artistas plásticos em geral sempre gostaram de trabalhar cabeças de velhos, que são muito admiradas nas exposições. Nós as achamos maravilhosas e as compramos, e as colocamos em nossas casas para admirar e fazer com que outros as admirem. Por que então tanto medo de ficar assim?
Belas cabeças de velhos: Joaquim Nabuco, Goethe, Hemingway, Silva Melo, Marie Sklodowska Curie, a célebre Madame Curie que, como disse sua filha e biógrafa Eva Curie, em sua mocidade tinha apenas um rosto agradável, mas foi com o passar dos anos que adquiriu traços de uma beleza espiritual, como que lapidados pela nobreza dos sentimentos.
Quem pode comparar nosso Machado de Assis, quando jovem, com aquela cabeça magnífica de velho, a barba branca emoldurando-lhe o rosto de feições nobres? E Sigmund Freud, que o tempo, como um grande artista, esculpiu, e a luz do gênio iluminou?
Isto para citar apenas umas poucas cabeças célebres. Quantas há entre parentes, amigos e conhecidos que podemos admirar? E com quantas outras cruzamos nas ruas, encontramos em festas, passeios, de homens e mulheres de idade avançada, com todas as marcas do tempo, que são belas?
Um belo jovem é obra da Natureza, mas uma bela pessoa idosa, homem ou mulher, é uma obra de Arte. Obra da arte de viver.
Tudo tem seu tempo, sua hora. Será que as "misses" dos concursos de beleza desejarão ficar desfilando eternamente? Quando entrevistada, a primeira coisa que diz é que deseja se casar e ter filhos. A isso, podemos acrescentar: e vê-los crescerem e se tornarem jovens e belos nas passarelas da vida. Quando isto acontecer, esta há de ser uma mulher madura, e a vida, seguindo para a frente, sempre para a frente, há de levá-la à velhice, se Deus quiser, para que ela, completando o roteiro da vida, possa ainda se deliciar ao ver sua neta nas passarelas.
Vamos ser francos: afinal que é que tememos perder com os sinais de envelhecimento do nosso corpo? Atração sexual? Será isso toda a felicidade? Indiscutivelmente o sexo é um valor positivo dentro da vida, mas será todo o valor da vida? Nenhum valor é absoluto. Quando concentramos todo o nosso interesse numa coisa só, e esta se quebra, restam-nos apenas cacos.
Aqueles que consideram que não têm mais nenhuma beleza para oferecer à vida, lembrem-se de que a vida sempre terá belezas para lhes oferecer.
O MEDO DOS CHAMADOS ESTRAGOS DO TEMPO.
Incrível como, entre tantos outros medos que nos atacam no envelhecimento - (o da doença, o da solidão, e até o da morte) - o medo dos estragos do tempo possa ser considerado o maior. Por que será assim? Decerto por causa do nosso amor-próprio, que é também o maior amor. Jesus disse: "Ama teu próximo como a ti mesmo".
Estava, pois, segura de que nos amamos mais que a qualquer outra pessoa. Por que não teria dito: "ama teu próximo como amas a tua mãe, a teu pai ou a teu filho?" Porque nem todos amam a mãe, o pai, ou o filho. Também não apelou para o amor do ser amado, pois este é o objeto de nossa felicidade. A quem mais amamos, então, senão a nós mesmos?
E porque tanto nos amamos que queremos que os outros nos amem. E nos esforçamos para agradar, atrair os outros. E o amor de si mesmo que leva o indivíduo a fazer coisas notáveis. Para ser notado, aplaudido, aprovado.
"O homem é narcisista a vida toda - (disse Erich Fromm) - mesmo dentro da normalidade. O narcisismo absoluto é que é patológico".
"Narciso" era aquele moço bonito que admirava sua imagem refletida no lago, deslumbrando-se com sua beleza, e daí o nome "narcisismo" - (vaidade, gosto de ser belo, atraente).
Como diz "Mestre Fromm", esta vaidade é natural. Ora, o amor de si próprio também é natural; se não ultrapassa a linha da normalidade é valor positivo, como incentivo, estímulo para a auto-realização, que confere ao indivíduo o equilíbrio psíquico, proporcionando-lhe amigos e bom ajustamento em seu meio.
Mas, se exagerarmos, passando do esforço natural para atrair ao antinatural de monopolizar as atenções de todos, tornamo-nos egoístas, egocêntricos, ou seja, colocamos nosso ego como centro do universo. Quanto mais intenso for esse egoísmo, somado ao narcisismo, mais o homem ou a mulher se atemorizam com os estragos do tempo.
Temem perder a aparência, a imagem que eles supõem ser bela. E é como se dissessem: - (todo o mundo pode envelhecer, enrugar, danar-se, morrer... menos eu).
"Bem-aventurados os humildes de coração..." Se isso de envelhecer acontece aos outros, por que não a mim? Não querer envelhecer é como não querer crescer. Ninguém pára o tempo.
MOCIDADE... BELEZA E PROFISSÃO.
Claro está que muitas profissões exigem mocidade, beleza, vigor físico, agilidade, que, ao longo dos anos, vão diminuindo ou perdendo-se de todo. São as profissões de modelo para desfiles de modas, vedetes em teatros de revistas, que dançam de biquini ouso com uma pluma... na cabeça, vedetes de strip-tease, bailarinas, modernas ou clássicas, artistas para papéis de mocinha ou mocinho. Também é o caso dos atletas, de modo geral, se bem que muitas pessoas de idade ainda obtêm êxito.
O francês "Borotra", por exemplo, era ainda campeão de tênis aos 56 anos. Mas indiscutivelmente o vigor físico é indispensável nas competições esportivas, e os campeões devem saber que não serão campeões a vida inteira.
Para a segunda etapa da vida, devem usar sua inteligência e sua garra "vencendo em outros campos de atividades", e não "ficar chorando sobre glórias passadas", que hão de ser belas recordações da "juventude" !!!!
Mas, saberão os grupos profissionais mencionados que precisam preparar o futuro com calma e sem revoltas ou tristezas inúteis? Quase sempre não. E aí está o incrível número de "saudosistas melancólicos", com as paredes da casa empetecadas de retratos do "tempo em que eles eram os maiores".
Hoje são menores, abandonados. Mas são mesmo abandonados do mundo, ou foram eles que o abandonaram?
E é tão triste ver-lhes os esforços no sentido de voltar no tempo! É tragicômico.
Quanto a outros setores, não vemos como a velhice possa prejudicar a vida artística. Cantores têm feito sucesso até a mais avançada idade. "Marlene Dietrich" aí está cantando até aos 70 anos de idade, e faz bater os corações dos homens, e das mulheres também, de inveja. "Maurice Chevalier" lotava os teatros, com aquela voz rouca, que era seu charme, aos 83 anos. "Ella Fitzgerald" vem cantando através das gerações, acompanhando cada uma delas. Dizem ainda que, com o passar dos anos, sua voz ganha um tom mais doce. Gravou há pouco tempo o LP. "Em dia com os tempos". E assim, Ella se situa em dia com a vida. Foi apelidada - "A primeira Dama da Canção".
Mesmo no setor da Arte Cênica não há motivo para os velhos serem excluídos. Artistas que hoje fazem papel de mocinho ou de mocinha, amanhã farão o de pai ou mãe dos mocinhos, e depois os de avós e bisavós. Que artista, e de que idade, faria melhor o papel de "O Avarento" que o nosso muito querido e nunca suficientemente aplaudido "Procópio Ferreira?" Mesmo caracterizado com rugas de massa e de tinta na cara, que moço teria aquela realidade, aquela autenticidade de Procópio?
"Françoise Rosay" voltou ao palco, recentemente, aos setenta e oito anos. Se a Arte copia a vida, na vida, como na Arte, sempre haverá papel para todos, velhos e moços. Que os papéis de mocinhos sejam dados aos mocinhos, e não faltarão artistas de idade, com experiência, coisa que só a vivência lhes dá, para papéis de anciãos, com suas rugas autênticas, e, o que é mais importante, a autenticidade de sua Arte, aperfeiçoada pelo tempo.
É injusto e cruel negar isto e alijá-los para algum retiro, isolando-os do mundo dos "vivos" e do palco, que é a sua vida. Quantos poderiam atuar ainda no teatro, na televisão, mas são condenados a uma inutilidade, a um ócio forçado, pleno de desgosto, de mágoa?
Na TV Record, de São Paulo, quando entrevistada no programa de "Blota Júnior", com seis ou sete pessoas metralhando-me de perguntas sobre a tese "Quem tem medo de envelhecer?", a famosa artista humorística, "Consuelo Leandro", chegando sua vez, com aquela graça que lhe é peculiar, falando sobre suas pelancas, acrescentou que já estava envelhecendo e temia, do ponto de vista artístico, os empresários, que - (segundo ela) - só querem saber das jovenzinhas, rolicinhas, de pernas de fora. Terminou por perguntar:
>>> "Que hei de fazer?"
E eu lhe respondi com outra pergunta.
>>> "Como é o nome dessas jovenzinhas, rolicinhas, de lindas pernas, que aparecem nos programas dançando atrás dos artistas?"
Ela me lançou um olhar de espanto, a boca em "O" e ficou parada no ar sem saber se eu estava em meu juízo. Mas acrescentei, quebrando seu espanto:
>>> "Você não sabe?" - (fiz uma pausa para o suspense, e continuei) - "nem eu". Nem eu, nem ninguém aqui, mas o nome de Consuelo Leandro, o Brasil todo conhece. Por quê? - (continuei) - "porque você teve tempo para fazer um nome dentro da Arte, e tempo e idade. Quando os empresários, os diretores e produtores de programas quiserem uma artista, irão procurar você".
Terminando nosso programa de entrevista, meu prêmio foi um grande abraço agradecido, da atriz que sempre vimos brilhar na televisão.
A famosa "Bettina" disse que deve seu sucesso menos à beleza que à sua expressão fisionômica, e que as mulheres que têm a angústia de perder a aparência jovem envelhecem dez anos mais depressa. E acrescenta filosoficamente:
>>> "não é do corpo que deveriam cuidar tanto, mas da alma".
Mais taxativa foi "Ingrid Bergman":
"Eu não envelhecerei jamais, porque não conheço a angústia".
Se alguma coisa hoje não vai bem, digo a mim mesma:
>>> "amanhã tudo entrará nos eixos". (E completa):
>>> "Eis aí meu creme anti-rugas".
QUEM TEM MAIS MEDO DA VELHICE...
O HOMEM OU A MULHER?
Esta é uma pergunta que sempre me fazem. Cremos que ambos a temem, na mesma intensidade. As diferenças são qualitativas e não quantitativas. Já de início, a mulher teme perder os "atrativos da caça", e os homens os "atributos do caçador".
Sempre se disse que a mulher foi feita para atrair, enquanto que o homem foi feito para atacar. Mas atualmente, que muita coisa se esclareceu, muita coisa mudou e evoluiu, "o homem já se esforça por atrair, e a mulher mostra-se bem eficiente como atacante".
Os valores femininos eram exclusivamente estéticos. Cabiam todos nestes dois títulos: "beleza e juventude". O homem atraente era aquele tipo sólido, pisando forte, falando grosso, musculoso.
O tempo passou. O mundo mudou, e hoje temos um quadro unissex, em que homens e mulheres igualam seus valores, ela saindo da sua caixa de boneca, desenvolve valores intelectuais, sociais e econômicos, já luta judo, é campeã de volibol, natação etc, procura realizar-se profissionalmente, enquanto ele, embora não descuide dessas coisas, passa a cuidar-se do ponto de vista estético. Quer dizer, já gosta também de ser bonito. Chegamos, pois, à conclusão de que ambos os sexos aprimoram sua personalidade e passam a ser, ao mesmo tempo, caça e caçador. Assim, mulheres que andavam pela selva de pedra, na espera de um caçador eficiente, já morreram. Não haverá mais nenhuma que, em longa espera, cansará, pois caçará.
Cuidemos da Aparência
Vai longe o tempo - (1770) - em que um inglês apresentou ao Parlamento um projeto de lei que, graças a Deus, ficou só no projeto. Propôs o austero cidadão que se acusasse de bruxaria e se castigasse a mulher, "viúva ou solteira", de qualquer idade, que ousasse atrair um súdito de Sua Majestade para o matrimônio por meio do uso de perfumes, cosméticos, dentaduras postiças, perucas, espartilhos, saltos altos, anquinhas, ou lá o que fosse postiço, falso, capaz de confundir, iludir os pobres e inocentes cavalheiros.
Não foi aprovado. Os inocentes cavalheiros formavam o Parlamento e, se fossem condenar os adornos das mulheres teriam que começar por eles mesmos, com suas perucas, dentes postiços etc.
Os preconceitos contra os efeitos, as marcas da idade, desde tempos remotos, sempre afetaram mais as mulheres que os homens. Aquela velha frase "homens não precisam de beleza" deixava-os tranquilos desde o nascimento até a morte.
Mesmo os mocinhos das novelas, nas televisões, não são obrigatoriamente mocinhos, e muito se elogia o charme do homem maduro. Um "Clark Gable", um "Gary Cooper", um "Charles Boyer", em outros tempos, e ainda um "Marlon Brando" hoje, jamais perderam para os jovenzinhos. Pelo contrário, com o passar do tempo, eles ganharam mais fama e mais fãs enquanto amadureciam como um fruto. Mas ai da estrela que se apresente como um "fruto amadurecido" !!!!
A deusa "Greta Garbo" passou de misteriosa a ré, no "crime de envelhecer". Repórteres perseguem-na para... "fotografar sua decadência". Alguém lhe perguntou pela Arte? Deusas têm só de ser belas e novas?
Bem... As coisas estão mudando muito, e as mulheres vêm tomando pé neste mar de falsidades e injustiças, impondo sua personalidade como valor. Se elas podem valorizar um homem pelo que ele é, sem pensar nos estragos que o tempo lhe possa fazer, querem ser valorizadas por ele da mesma forma. Não se fala tanto na igualdade dos sexos, e que o machão já saiu de moda?
... E MUDAM AS MODAS !!!!
Os tempos mudam, as modas mudam com o tempo. Não adianta a gritaria. Esta é a marcha natural das coisas. Graças a Deus! Que monotonia, um mundo sempre igual, até nas vestes!
E interessante notar que a turma dos "rebeldes" sempre se rebela contra as coisas novas, mesmo que estas coisas estejam se repetindo e sejam iguais àquelas que aprovavam no passado. Vejamos as nossas saias: os ditadores da moda gostam de brincar com a barra das saias das mulheres, ora subindo-as, ora descendo-as, como aquele brinquedinho chamando ioiô. Já estiveram tão curtas, tão curtas, que praticamente não existiam, de mini passaram a micro; mas depois se alongaram até o chão, com freadas temporárias ao longo das pernas.
Este sobe-e-desce tem-se repetido através dos séculos, mas, toda vez que se impõe uma nova medida, há novos protestos. Os mesmíssimos censores que se horrorizavam com as minissaias, saem numa gritaria por aí afora, contra as saias que se alongam.
É o velho refrão: "já que está, deixa ficar", que funciona mesmo. São os idólatras do mesmismo, deixando-se envolver por um paralisante senso de ridículo.
Com relação as modas femininas, as "massas gritantes" podem gritar à vontade, que nada conseguem, já que duas grandes forças se conjugam na defesa das inovações: a tenacidade dos costureiros e a decantada volubilidade da mulher. Que mulher gostaria de usar sempre o mesmo tipo de roupas, penteados, ou lá o que seja? Se a moda muda, ela fica muito feliz com a oportunidade de renovar seu guar-da-roupa e poder ser outra mulher à face dos espelhos.
"As mulheres conservadoras, graças a Deus, são poucas".
Com relação às modas masculinas, vemos que as barreiras mais altas são erguidas por eles próprios. Os homens maduros, digo. São eles os grandes conservadores, e o conservadorismo se estrutura no medo. "São uns covardes". Mas que temem eles? Os outros homens. Claro que não a nós, mulheres, pois a maioria de nós gostaria de vê-los mudar este uniforme de homem: "calça-camisa-paletó-gravata- colarinho".
NOVAS MODAS E MODOS...
A juventude que hoje agride, dando uma guinada de 180 graus, tem a coragem de enfrentar um exército de adultos, ostentando suas imensas cabeleiras, vestes exóticas, colares, pulseiras, anéis, num desafio de cores berrantes e contrastantes, unindo-se em massa na derrubada de velhos e encarquilhados tabus e preconceitos. Brava gente. Com suas roupas exóticas de veludo, cetim, brocado, numa orgia de cores, luzindo de lantejoulas e pedrarias, lá vão eles impondo-se no mundo dos homens austeros e sombrios. Felizes, em sua desinibição, sua independência, seu desligamento de um passado "passado".
Num olhar mais atento ao retrato dos nossos antepassados, vamos ver homens bem enfeitadinhos. Os nobres da corte vestiam-se também de cetim e brocado, de veludo e outros tecidos preciosos, e usavam rendas nos punhos e nos jabôs. Preciosíssimas rendas valencianas ou de guipure, vinham diretamente de Paris, pois não havia as importadoras de hoje.
O requinte subia da fivela de prata e pedrarias dos sapatos, e das longas meias de seda, às belíssimas cabeleiras brancas frisadas, penteadas em bandós e cachos, que se amarravam na nuca, e "rabo de cavalo", por um laçarote de veludo.
Quem se atreveria a chamá-los efeminados? Aqueles cavalheiros de espada na cinta, que por "dá cá aquela palha", a desembainhavam para matar ou morrer? Não estavam nas vestes desses cavalheiros do passado a coragem, o vigor e a energia, todas as tradicionais características do machismo.
Da mesma forma, estas também não se refletem forçosamente na severidade das roupas, que bem se pode ser "bicha" de paletó e gravata. E que dizer dos indígenas, que se pintam lá à moda deles e se enfeitam de penas coloridas, a embrenharem-se pelas selvas em luta com as feras? E aí está o Oriente, onde o mandarim se cobre de sedas, ouro, prata, pedras fulgurantes. Os indianos não são menos garridos. E há muitos povos em que o homem se enfeita mais que a mulher. Os reis da História e das estórias sempre se cobriram de ouro e púrpura. E que dizer da coroa cravejada de pedras preciosas, e das jóias que os adornavam, e dos pesados colares, e dos anéis em cada dedo?
A MODA NA SEGUNDA JUVENTUDE.
Mulheres da "segunda juventude", com seus manequins 46, 48, que é que hão de vestir? Querem-nos fora da moda, como da vida? Se o "coque da vovó" está na moda, só quem o deve usar é a neta? Não devemos então usar nada de hoje? E o certo seria usar tudo que usávamos no passado? Mas acontece que a moda de ontem era negada ontem, como ridícula para as senhoras de certa idade. Qual é, então, a idade ou a moda certa?
Correndo assim para trás, no tempo e nas modas, vamos chegar ao Paraíso com um monoquíni de folha. "Nunca na última moda" - (dizem os cultivadores do infortúnio do próximo. Vamos então) - como tão bem disse "Helena Ferraz", que herdou do papai Bastos Tigre o inconfundível humor - (andar na penúltima?).
Mas fica-se a temer uma confusão. Se no momento as saias estão-se alongando nós, as senhoras idosas, vamos herdar as minis?
Deus meu, que é que há de vestir para estar de acordo com aqueles que estão sempre em desacordo com as modas e os tempos? Deveria haver um uniforme para velhos? Bom gosto ou ridículo não é privilégio de nenhuma idade. Adaptar a moda ao tipo, eis o segredo da arte de bem vestir... A minissaia, por exemplo, é questão de pernas. Quando as saias se encurtam, o desfile de pernas é bem variado, e as belas, bem torneadas e bronzeadas, se entremeiam aos pobres gambitos de fazer dó e, para rimar, mesmo ao mocotó. Há pernas tortas, de criar complexo no "Mané Garrincha", nosso grande craque, e há "batatas" desenvolvidas de músculos, de fazer inveja a qualquer jogador de futebol. Neste caso, muitas jovenzinhas não deveriam usar minissaias.
A moda é "elástica" e nunca foi tão maleável para o equilíbrio entre o bom-senso e o bom-gosto. Cada qual se veste ou se despe como quer, mas buscando o que lhe assente, dando realce ao que a mãe Natureza lhe deu de bom e belo, camuflando discretamente o que tiver de errado por lapsos, descuidos ou, quem sabe, castigo dessa poderosa mãe de todos nós.
Antigamente... mas não muito antigamente, mulher decente não usava calças compridas. Uma escritora do século passado deu o maior escândalo da época com sua indumentária masculina. Aquela mulherzinha de topete, considerando que o mundo era dos homens, e naturalmente inconformada com este estado de coisas, partiu para a agressão, vestindo-se toda de homem, das botinas à cartola, bem alta e bem lustrosa. E para uma reforma completa também adotou o nome de "George Sand".
Entre nós "Nair de Tefé", viúva do ex-Presidente "Hermes da Fonseca", foi a primeira a meter-se em calças compridas, e algum tempo depois as outras mulheres descobriram não só a comodidade, mas a graça e o charme das longas calças e pantalonas. Claro, sob protestos. Sempre sob os protestos dos homens - (e por que não dizer do bloco de mulheres covardes que, por não se atreverem, morriam de inveja?) Mas a mulher destemida largou as amarras e, entrando no carnaval da vida, "vestiu uma calça comprida e saiu por aí".
De início, só às jovenzinhas era permitida tal proeza, mas devagarinho, naquele ritmo lento e tenaz bem próprio da mulher, e que a tem levado às maiores conquistas, apesar dos pesares, veio ela discretamente se enfiando pelas calças - (que se tornaram preferidas às saias e vestidos) - e hoje, felizmente, não há mais tabu. A calça comprida conquistou um lugar de destaque na elegância feminina, e faz parte do guarda-roupa de todas as classes e em todas as faixas etárias.
Até a vovozinha, com sua cabeça branca, usa-as, e ninguém mais reclama, nem o vovô. Afinal, o que têm a ver os anos com as calças? Foi como um passo na direção dos homens. Ora, também eles deram um passo em direção a elas, trocando suas roupas sombrias pelas camisas de vivo colorido. Um passinho daqui, um passinho de lá, eis que ambos se encontram na moda unissex.
Este é o maior desafio ao velho preconceito de que as roupas definem o sexo. Homem veste isso, mulher veste aquilo e caso contrário... caso contrário. A roupa não faz o macho, é o macho que faz a roupa.
AO PASSADO... O QUE É DO PASSADO -
SEM CHORO NEM VELA !!!!
CORCUNDA, CARECA & CIA.
Os bichos-papões do envelhecimento: a corcunda, a careca, a falta de dentes, a visão diminuída, o passo trôpego, a surdez. Vamos dizer, de passagem, que com esta figura amedrontamos as criancinhas.
Hoje menos que ontem, mas a periclitante autoridade dos pais ainda os faz apelar para o "velho com um saco". Por que não um moço com um saco? Os sequestradores de crianças, que me conste, não são velhos. E por que as bruxas e as fadas más das estorinhas hão de ser sempre velhas? A fada boa é que se apresenta jovem e linda, mas nós sabemos que se pode ser jovem, linda e má. Mas voltemos ao velho, aquele ancião que, a uma simples mirada, nos dá pavor da velhice. Vamos por partes:
CORCUNDA? POR QUÊ?
Desvio da coluna desde sua mocidade seria evitável ou corrigível. O colete ortopédico, a ginástica, as massagens. Desânimo? Vício de postura? Levanta o queixo, que levanta a moral. Quem olha para o chão, ao invés de ver as belas coisas que a vida lhe oferece, traz a mala nas costas cheia de amargura.
CARECA? POR QUÊ?
Perucas hoje não têm mais mistério. Até os jovens, mulheres e homens, as usam, e a moda grita: perucas em coleção dão status. E o transplante de cabelos está ao alcance daqueles que não são masoquistas, e por isso não teimam em sofrer. Elas preferem os carecas? Não será porque, se ganha uma bem luzidia, se está em condições sócio-econômicas também luzidias? De um lado isto os afirma como vitoriosos na vida, mas, de outro, não cremos que se sintam muito ufanos ao pensarem que são atraentes a poder de caixa alta. Não; carros, iates, apartamentos de luxo, estas coisas não compensam, apenas consolam, e consolo é para quem está desolado.
DESDENTADO? POR QUÊ?
Relaxamento? E os protéticos? Há um avanço indiscutível no setor odontológico. Os trabalhos de prótese, em novos materiais, são perfeitos e perfeitamente estéticos. E quem disse que a falta de dentes é privilégio dos velhos? Há os que conservam belos dentes até a mais avançada idade, como há jovens de dentaduras postiças; o que não se admite é a boca murcha como um... "caju chupado".
VISTA CURTA? POR QUÊ?
O uso dos óculos, por exemplo, é questão de ponto de vista. Até recentemente, quem precisasse usá-los, sentia-se infeliz - (e seu uso gerou muitos complexos).
Algumas pessoas se recusavam terminantemente a usá-los. Outras os escondiam no bolso ou na bolsa com medo de causar má impressão, e daí não viam a impressão que causavam. Subitamente, porém, os óculos entraram na moda. Passaram a fazer parte da elegância, com belas e sofisticadas armações, lentes coloridas e espelhadas, ostentando em letras douradas a marca de seus criadores Dior, Nina Ricci e outros.
Homens e mulheres correm para adquiri-los, e seus fabricantes enriqueceram.
Não são afinal óculos? O que é que mudou? O ponto de vista. Hoje não há jovem que não tenha seu belo par de óculos moderninhos, com ou sem grau.
NINGUÉM USA MAIS COMPLEXOS, USAM-SE ÓCULOS.
Descobriu-se que estes emprestam ao rosto, velho ou novo, um encanto todo especial. As casas de ótica proliferam, e há milhares de modelos de armação. Se é charme andar de óculos, por que não aproveitar?
PASSO TRÔPEGO? POR QUÊ?
Arrasta os pés? Se está doente é natural, mesmo os moços andam mal quando enfraquecidos. Porém, muitas vezes, é só devido ao mau hábito de não andar. As pernas entorpecidas se recusam a levantar-se do chão. Abusa das poltronas de mergulho? Já gosta de sumir entre as espumas dos almofadões que parecem um colinho? Quantas horas vem passando afundado? E o senhor, motorizado, que já atingiu tamanho grau de preguiça, que quase precisa de outro carro para buscar seu carro na garagem do edifício?
Também gostaria que seu carro subisse no elevador para deixá-lo na porta do apartamento? Os anciãos, na roça, não são trôpegos. As longas caminhadas e até cavalgadas exercitam-lhes constantemente os músculos. O lavrar a terra, que os faz abaixar e levantar a cabeça constantemente, propicia a irrigação sanguínea do cérebro. E carregar pesados petrechos exercita seus músculos e os mantém vigorosos, firmes, até o fim.
E o que nos faz pensar que o homem da poltrona é um "poltrão".
BARRIGUDOS? POR QUÊ?
Há vários tipos de "barrigas", mas a pior, a mais feia, é a chamada "avental", que cai em dobra sobre as virilhas.
Antigamente se dizia que a barriga era sinal de prosperidade, mas hoje é... "barriga mesmo". Com 35 anos, pouco mais ou menos, já começa o perigo, e toda a atenção é pouca...
"Você já viu um barrigudo dançar?" - (é o que se pergunta na marchinha carnavalesca que se completa pelo quá, quá, quá).
Há obesidades e barrigas que se devem a problemas psicológicos ou fisiológicos. Nestes casos, as clínicas de emagrecimento só produzem, quando conseguem, efeitos temporários. O indivíduo emagrece, perde um tanto de barriga, mas volta a recuperar todas as banhas assim que entra em férias com o regime. O regime alimentar, os exercícios físicos, acompanhados da psicoterapia, é que poderão levar, certamente, ao emagrecimento. E hoje ainda contamos com a plástica abdominal, cirurgia que apara os babados. Homens e mulheres, em grande e igual número, já recorrem ao bisturi reparador.
Esses são os modernos: os conservadores, conservam a barriga e o complexo.
O certo é que a barriga perdeu o prestígio. E isso de "sinal de prosperidade" era apenas uma desculpa esfarrapada, uma vez que os mal sucedidos também a exibiam. Os homens modernos, conscientes disso e vaidosos de sua plástica, já não vão na conversa e lutam para eliminá-la.
Segundo os endocrinologistas, a deformidade independe de idade. O jovem já pode apresentar gorduras localizadas no abdome, e as causas são muitas. Comer demais, beber demais, enquanto se faz exercício a menos.
A cerveja em abundância, a "superabundância" de líquidos nas refeições, a má digestão, a formação de gases no estômago e intestinos, provocada pela fermentação no aparelho digestivo, contribuem para a dilatação do abdome. Obviamente, o problema é complexo e exige consulta médica para se garantir a inexistência de distúrbios patológicos que justifiquem o desenvolvimento excessivo do abdome, depois de se ter cumprido à risca todas as orientações médicas.
Esse negócio de apertar bem o cinto e ficar com duas barrigas, em vez de uma só, não resolve. Também a postura é importante. Há muita gente que, sem o sentir, "entufa" a barriga, num impulso psicológico de dar-se importância. Outros há que são só relaxados e descansam a preguiça na barriga.
É comum ver-se pessoa barriguda que cruza as mãos sobre a pança, como se estivesse à janela. Uma postura correta requer a barriga que se encolha. E claro que evitar que ela se desenvolva é bem mais fácil que corrigi-la depois. Não creio que a um bom barrigudo ou barriguda baste a dieta e a ginástica.
A flacidez abdominal não é reversível e, quando as paredes musculares tombam, como um babado, o jeito é a plástica, que hoje vem sendo feita com tão grande sucesso em homens e mulheres. Mas não se pense que assim o problema do gordo está resolvido. O gordo terá que emagrecer para depois cortar os babados.
A vida sedentária é tremendamente culpada. Somos uma geração de seres "sentados e tensos". Precisamos caminhar. Caminhar mesmo, e não dar apenas três passos até o carro e mais três passos do carro ao escritório. Assim, como estes três passinhos, pra cá e pra lá, daqui a pouco você não poderá mais ver... seus passos.
OBESIDADE !!!!
Encerra certos mistérios, mas só uma pequena porcentagem deve-se a problemas glandulares e de metabolismo. Em sua maioria, os desequilíbrios emocionais são os responsáveis. Há um círculo vicioso entre os gordos:
>>> "quanto mais como, mais engordo; quanto mais engordo, mais como".
É como se dissessem a seus botões, que já estouraram nas casas:
>>> "não vale a pena..."
Desgostam-se porque estão tão gordos e, na busca de uma compensação, comem mais... Sua maior frustração é... "ver um magro comer". Come o que quer e quanto quer, enquanto ele, de água na boca, conta os pontos do regime dos astronautas, com a cara de lua cheia - (coisa mesmo para astronauta).
"Coma pouco - (aconselha Cronin) as portas do Paraíso são estreitas".
Se você é gordo está carregando um peso que, além de inútil, é anti-estético e anti-saudável. Nosso esqueleto foi preparado para aguentar determinado peso, de acordo com sua estrutura. Ora, se eu devo pesar 58 a 60 quilos e peso 70, é como se carregasse constantemente duas sacolas, cada uma com 5 a 6 quilos. Certo... no fim do dia estarei cansada, e querendo me sentar o dia todo e a todo hora, quando não deitar, que sentado é melhor do que de pé, e deitado é melhor do que sentado.
Todo gordo é geralmente preguiçoso, e o preguiçoso é geralmente gordo...
O gordo, em sua preguiça, não quer nem conversa.
>>> Por que você é tão gordo? - alguém perguntou.
>>> Porque nunca discuto... - foi a resposta.
>>> Ah!!!! Mas não deve ser esta a razão...
>>> É... Não deve...
ALGUNS LEMBRETES PARA AJUDAR NO SEU CASO:
1º - "O paladar não está localizado no ESTÔMAGO"...
Assim, não adianta você enchê-lo demais. O resultado é você ficar empanzinado e desgostoso, porque não venceu o vício de comer exageradamente.
2° - Se... "o PALADAR está na boca", por que é que você engole depressa e aos grandes bocados? Faça como as crianças, quando mamãe lhes dá um chocolate e diz: "Só tem este"; elas ficam roendo, poupando, e o bombom dura horas, ao contrário de você, que engole um quilo a jato !!!!
3º - Nem que você coma toda a comida do mundo, não conseguirá "matar sua fome emocional". O estômago fica pesado, você fica mais pesado, e o problema ainda lhe pesa em cima. Meta isso na "SUA" cabecinha seu "tolinho" !!!!
REGIMES PARA EMAGRECER... NÃO PARA ENTRISTECER...
Os médicos vêm alertando a população dos gordinhos sobre o uso indiscriminado de "regimes" que saem em altas propagandas nos órgãos de comunicação. Alguns emagrecem, mas causam dano à saúde, e não vale a troca. Outros "frustram", não emagrecem, ou, se o fazem, parece que preparam o organismo para a recuperação do peso perdido, com os "devidos juros"... De que vale perder 10 quilos em um mês e recuperar 15 no outro?
Parece absurdo que num mundo onde se diz que 70% das pessoas passam fome, os 30% restantes tenham que fazer regime para emagrecer. E pior:
pagam médicos, clínicas caríssimas... para ouvir o óbvio:
>>> "Você come demais" !!!!
O HOMEM É O ÚNICO "ANIMAL"...
QUE COME SEM TER FOME... E BEBE SEM TER SEDE !!!!
Com isso ele desequilibra seu controle natural que, por meio da fome, da sede e da saciedade, regula seu mecanismo fisiológico. Se fica "surdo" às ordens do corpo, o resultado é o corpo não mais falar. O homem fica surdo, o corpo fica mudo, e a barriga cresce, cresce... Aí, ele bate na pança e diz: "Comi muito bem !!!!". (É falso...). Comeu muito mal:
>>> "empanturrou-se por GULA, o que já é sintoma de que o regulador automático do organismo está desregulado".
Uma alimentação sadia, dosada, baseada nas necessidades de cada um, nos garante o bem-estar, que é sinônimo de Felicidade. A variedade na alimentação se faz necessária, porque cada alimento possui determinadas propriedades, e todas são úteis para nosso organismo. Mas variedade não quer dizer quantidade. Aqui, lembro-me da querida amiga "Helena Ferraz" e seu espírito de humor:
>>> "Nada mais aflitivo para a mulher de hoje que a balança de amanhã". (Para o homem também !!!!).
Mas, voltemos à "mesa farta": NÃO SE FARTE. Você pode terminar uma refeição com um pouquinho ainda de fome, é ótimo para sua saúde, e o sacrifício é pequeno. Dá-nos a satisfação de cantar vitória, na luta interior que travamos com o nosso... EU COMILÃO, quando pisamos a balança, e ela... cai.
O impulso para comer demais está ligado a problemas psicológicos individuais. O problema é emocional, na grande maioria dos casos. É como se a criatura comesse afeto, carinho, apoio, certeza, firmeza e tantas outras coisas, de que a alma precisa alimentar-se para ser feliz. Mas no caso, entrou pelo "cano" errado. O indivíduo só se dá conta de duas coisas: um vazio, que lhe parece fome, e seu gosto irresistível de comer.
O tratamento será "psíquico". Um psicoterapeuta saberá equilibrar emocionalmente o "infeliz"... cujo conflito é o gosto de comer versus o desgosto de engordar. Que vamos fazer?
Diminuir a quantidade, sem prejuízo da qualidade. Este regime é para emagrecer e não para entristecer. Você beneficia sua saúde, sua silhueta, sem prejuízo da alegria, que deve brilhar em sua mente. Se nos dizem: nunca mais deverá comer tal coisa, ficamos tristes, e "a tristeza não compensa". Também sabemos todos que isto de "proibido" abre um apetite danado. Neste regime, que emagrece e não entristece, nada é proibido. Coma o que quiser, o que vier, o que tiver. Só que... pouco !!!!
De que tamanho é este pouco? Aí é que está o problema. Todo gordo tende a dizer:
>>> "eu até que como pouco..." !!!!
Que pouco é esse? Pouco para você? O caso comprovado é que não comer emagrece mesmo. Os quadros tristes de "Biafra" não nos deixam esquecer. Aliás, nem é preciso ir tão longe.
A OPÇÃO É SUA...
No direito à liberdade de ação, compreende-se que esta esteja à escolha de cada um. Quando dizemos que "o indivíduo tem direito", não queremos dizer que é obrigado. Se você, por exemplo, gosta de sua careca, mostre-a sem complexos, mas se você preferir uma peruca, use-a sem medo... (dos outros). Claro que a opção é sua, meu amigo, mas escolha realmente o que você deseja. Seja autêntico. Faça o que você quiser, porém sem ódio dos outros que apresentam uma escolha diferente.
Cuidar da aparência também não quer dizer que se seja obrigado a fazer tudo quanto os outros fazem, mas que se faça aquilo que se quer, até onde se quer. O que não será admissível é o indivíduo não fazer nada, por medo ou raiva, e ser um velho encarquilhado, sem dentes, sem cabelos, sem trato e sem educação, agredindo os que se atrevem a fazer algo de novo, as novas gerações, (o mundo atual). E não é só isso. Afinal isso bem poderia ser a sua opção, mas porque se queixa de solidão? Por que se queixa dos amigos e parentes que o abandonaram? Coitadinho! E por que o abandonaram? Porque ele se abandonou...
Quando se pensa em envelhecer, logo nos vem à mente a figura destes velhos, numa imagem interiorizada e aterrorizante. Vemos como eles são e não como deviam ser. Conheço, e não são poucos, velhos e velhas realmente belos. Nas idades mais avançadas, com todos os traços que caracterizam o envelhecimento, mas elegantes, tratados e tratáveis. Não se desprezam, são orgulhosos de sua idade avançada. Do alto de sua importância, como do alto de um pico difícil de alcançar, este modelo de "velhice digna" parece estar dizendo aos moços: >>> "Vêem onde estou? Vocês serão capazes de chegar até aqui?" (É um desafio).
Cuidar da aparência é direito nosso.
Enfeitamos os bebês. Enfeitamos os jovens, que só de mocidade não se enfeitam...
>>> "Por que não os maduros e idosos, mulheres e homens?"
Um primo meu, já idoso, resolveu usar uma "peruca". Passeando na praça, encontra um amigo que faz a gozação: >>> "Oi, você de peruca? Que que há?". (E ele respondeu):
>>> "Não há nada. Você não está de dentes postiços? Pois é. Tudo é postiço. Só que eu ponho em cima, e você mais em baixo..."
>>> "Quem pode condenar os homens que amadurecem e querem prolongar a aparência de jovens?... Com que direito?"
Marchem destemidos para os institutos de beleza que hoje, entre nós, já não são mais novidade, e há também os especializados para o sexo forte. Coragem, pois. A guerra é lá, e de lá sairão vitoriosos e felizes para que possam, ao invés da carranca da amargura, oferecer ao mundo o sorriso de pura alegria. Vale a pena. Com boa aparência se recupera e se mantém o bom-humor.
Devemos dar o máximo de nós. A gente se valoriza cuidando-se. Vale tudo. Proibido é o descaso de si, que quer dizer desamor próprio. A perda da auto-estima põe em perigo o equilíbrio mental, e é um passo na marcha fúnebre para a esclerose cerebral. Não é crime querer parecer bem e apresentar-se o melhor possível. Ginástica, ioga, sauna, massagem, banho de mar (a fantasia) e de sol, esportes diversos. Os salões de beleza aí estão e são inúmeros, com suas artes e artifícios. Têm tudo para todos. Alegria é o essencial.
É certo que hoje há menos homens acovardados, envergonhados diante do que "podem dizer os outros". Já são muitos os que se decidem apelar para a cirurgia plástica na correção daquilo que lhes desagrada, e confessá-lo abertamente. Bravos. Bravíssimo. O machão já não está tão convencido de que "homens não precisam dessas coisas". Precisam. Já não lhes basta a "caixa alta", é necessário que a moral também esteja alta. A aparência é importante mesmo.
O CREME NÃO COMPENSA...
Por que dizemos assim? Porque se a gente põe no pote de creme todas as esperanças, ele nos dará em troca todas as frustrações, cujo resultado será a multiplicação das rugas. A coisa se processa assim: Vem a primeira ruga despertada... o susto já nos ataca, o coração bate apressado, mas pegamos o espelho bem de perto e bem à luz, a fim de examiná-la e ver se é ruga mesmo. É ruga mesmo! "E agora, José?"
Agora começa a corrida à procura daquele creme que detenha o tempo e nos apague depressa aquela risca indiscreta e horrível, antes que alguém a possa ver. Damos então início à luta encarniçada; atacamos os potes cheios de mentiras. Lemos sofregamente as bulas que, sob a capa de propaganda comercial, usam e "abusam" do direito de mentir, enganar, ludibriar os inocentes.
Prometem a alto custo o impossível, prometem milagres tais, que são de deixar os Santos com inveja. Dizem que havemos de ficar, em 24 horas, nada mais, nada menos que com a "pelezinha" de meninas de 15 anos... sem acne. E nós, psicologicamente inclinadas a crermos até em Papai Noel, cegonha e outros bichos, lambuzamo-nos o mais que podemos e damos tapinhas e beliscões de acordo com as recomendações.
Enchemos a cara de creme, o coração de esperança, e assim empetecadas vamos dormir para ver no dia seguinte o resultado. Negativo. A angustia que nos acompanhou na operação remove-rugas já cavou mais duas ou três. Decepção, frustração, e a infalível multiplicação das rugas. Não nos iludamos com os "camelos da venda da juventude". Não há no mundo nenhum creme, nenhum preparado que devolva o frescor da mocidade !!! Pelo menos até o momento em que escrevo estas "mal traçadas linhas", ainda não se inventou nada milagroso.
O que se pode esperar de todos os cremes e os demais preparados e tudo que se pedir a cada pote, frasco ou bisnaga, por eficiente que seja, e por caro que custe, é sua ação refrescante, hidratante, emoliente, lubrificante, nutritiva...
"As células mortas permanecem mortas". Mas, se não podemos dar vida aos mortos, podemos cuidar dos vivos, e as células vivas podem ser beneficiadas. "Katherine Hepburn" diz:
>>> "as rugas são inevitáveis, mas importante é a pele".
Sua pele de ruiva é muito delicada e sensível; por isso, cedo enrugou, mas, tratando-a bem, a estrela consegue fazer esquecer suas rugas pelo aspecto saudável que apresenta. Uma pele enrugada pode ser bela, como pode ser feia uma pele manchada e mais cheia de cravos que um jardim.
Cuidá-la deve ser um hábito. Por isso precisamos de alguns produtos de beleza. Mas, por favor, usemos só os cremes e não suas bulas mentirosas que, se devidamente fiscalizadas, seriam condenadas por nocivas, uma vez que causam danos psicológicos.
Em todos os tempos buscou-se sofregamente algo para embelezar a pele, fazê-la pura, elástica, rosada. Ganharam fama os banhos da "Rainha do Egito", em piscinas de leite de cabra, e os da "Rainha de Sabá", em leite de jumento, para o embelezamento da pele que assim se mantinha macia, acetinada e delicada como a de um bebê. Para a mulher de hoje, da era da tecnologia, será melhor tomar o banho de leite em pó, para ficar enxuta.
Uma "Cleópatra" moderninha é "Barbra Streisand". Pode ser tudo, menos bonita, mas assim mesmo ela é sucesso. Faz valer o narizinho com tanto garbo, que sé lhe perdoa a proeminência.
De outras que fazem sucesso, "Lisa Minelli", "Shirley Mac-Laine", "Katherine Hepburn", só para falar de umas poucas e boas nos dias de hoje, nenhuma delas pode ser considerada bela, de acordo com os padrões estabelecidos da beleza feminina. Mas elas não pensam em ganhar concursos de beleza, e sim, e só, em tirar partido de suas personalidades interessantes. "Joan Crawford", "Betty Davis", não se podendo classificá-las belas, chamavam-nas exóticas, e elas, fugindo à padronizada beleza da época, criaram um tipo.
Assim têm sido muitas celebridades e superestrelas. Talento e personalidade fizeram-nas subir, degrau por degrau, ao topo da glória. Não eram bonitas? E daí? Daí venceram a parada de sucesso mesmo entre as mais certinhas.
As notáveis amorosas da História do mundo, a começar por "Cleópatra" cujo nariz pedia um "Pitangui" com urgência, não foram belas, mas ficaram célebres pelas paixões que despertaram nos homens. Não pisaram em passarelas de misses, mas pisaram corações masculinos.
O ENTUSIASMO PELA VIDA É LUZ QUE ILUMINA
SUA FIGURA TODA... DA CABEÇA AOS PÉS.
Uma figura cuidada, uma personalidade vibrante, o magnetismo, e o "Poeta Vinícius" que me perdoe, mas... "beleza não é essencial".
E nem será preciso correr as drogarias: basta abrir sua geladeira, e lá se tem todo um arsenal para a guerra da beleza.
Os ovos já são bem conhecidos na feitura de máscaras para a pele. A clara de um ovo e algumas gotas de limão limpam maravilhosamente os poros. A gema batida com mel tem poderes hidratantes, revitalizantes. O mel, aliás, é muito famoso, tanto para ingeri-lo, como para se passar no rosto. Lembro-me aqui do caso de um velho que, tendo a pele clara, pura, rosada como a de um bebê, alguém lhe perguntou que é que ele fazia para ter tão bonita pele, ao que o velhinho, sorrindo, respondeu: >>> "Mel por dentro e mel por fora" !!!!
"Energético e nutritivo é ainda considerado anti-séptico. Nas receitas da vovó figurava como cicatrizante e era usado nos ferimentos dos travessos netinhos".
Entre as variadas espécies de frutas, salta como estrela de primeira grandeza a maçã - (fruta maliciosa) - que fez da "Primeira Dama do planeta" uma defensora do "Woman's lih". Considerada altamente nutritiva, rica em vitaminas e sais minerais é pois divina nos tratamentos de beleza. De uma metade tire a polpa e esmague-a para aplicá-la sobre o rosto, como máscara, por alguns minutos, enquanto você saboreia a outra metade. E afinal todas as frutas que você come pode dividi-las para aplicar um pouco em seu rosto. Não seja assim tão gulosa. Morangos, bananas, pêssegos etc... Mas aí vêm outros produtos da Natureza, ralados, amassados, e sempre crus.
A cenoura, seu suco ou sua massa ralada, o pepino em rodelas, alface. Bem, o máximo que pode acontecer é você virar uma apetitosa salada, onde nem falta o azeite de oliva, também aconselhado para sua pele. Mas vale a pena. Basta saber que a grande maioria das máscaras de beleza criadas pela Cosmética, ciência a serviço da nossa bela aparência, são baseadas nos ingredientes que a natureza fornece.
É... A VOVÓ TINHA RAZÃO !!!!
Há sempre dessas receitas nas revistas sobre modas e beleza. E certa vez também li que a batata inglesa, cortada em rodelas e passada na pele, opera milagres de embelezamento. E é econômico. As rodelas, depois de passadas no rosto... podemos fritá-las e comê-las. Abra a sua geladeira e você ficará linda !!!!
APARÊNCIA ATRAI?
PERSONALIDADE PRENDE...
Nem são as mais amadas e felizes as jovens mulheres belas. Não nos esqueçamos de que um rei, senhor de um trono na Inglaterra, trocou a coroa de ouro por uma coroa de carne e osso... "e feia".
As mulheres dos romances famosos do mundo, aquelas que figuram nas "estórias" ou na História, também nem eram jovenzinhas, nem belas.
Minha amiga, os cosméticos ajudam você a parecer mais jovem, mais encantadora, se você souber usá-los. Não será o preço, nem o tamanho da coleção de potes, que lhe há de dar o que você pretende, ou prometem as bulas que bem se lhes pode chamar "burlas". Uma diz que baixa 20 anos em seu calendário, em sua idade cronológica; outra promete outros 20 menos; somando uns e outros, você vai baixar ao jardim de infância.
Não há milagres... "Há tratamento", há embelezamentos pelos cuidados e bom-senso, equilibrando o que se deve usar com o que se pode esperar. Use o creme e rasgue a bula. Sem isso...
"o creme não compensa".
"Agora, largue o espelho e vá ver as belezas da Vida".
PLÁSTICA: SIM ou NÃO?
A Ciência a serviço do homem. Se você quer ter suas rugas, não se importa com as pelancas e a barriga crescida, mamas tombadas, papadas etc, está bem, fique com elas. Assuma-as. É sua a opção. Mas, se você deseja e vai se sentir feliz com as correções e poderá fazê-las, faça-as. É válido tanto para mulheres como para homens. Aqueles que acham que isto é uma futilidade saibam que, do ponto de vista psicológico, não há sofrimento fútil; se é sofrimento, não é fútil.
Consideramos, porém, que só a operação plástica na correção dos estragos do tempo não basta à felicidade. Em muitos casos, após a cirurgia, logo vem a pergunta: "Até quando, Doutor?" Pergunta plena de angústia, que trará de volta o paciente, impaciente, ao bisturi do cirurgião.
A "plástica mental" é, pois, necessária. São as "rugas da alma" que marcam mais fundo o rosto. Não há cirurgia que extirpe o medo, fator preponderante no desgaste, anestesiando-o apenas a curto prazo.
É óbvio que o problema de envelhecer está afetando às pessoas que recorrem a estas cirurgias. O grau varia desde o normal, entre as que buscam as correções de forma objetiva e equilibrada, até aquelas outras, cujo grau se diria patológico, que, em seu "narcisismo", transformam o medo de envelhecer em pânico, e o pânico é um medo que perdeu a cabeça. Não são poucas as mulheres que também perdem a cabeça e buscam, compulsivamente, nas cirurgias de corpo inteiro, o milagre de voltar à juventude. Este milagre não se realiza. Seu aspecto melhora, remoçam, é verdade, mas a angústia é um nó na garganta.
A Cinderela de 45 anos, teme que bata a "meia-noite", e vive frente aos espelhos num sôfrego policiamento. Acontece ainda que o coro de opiniões favoráveis não lhes basta - ("você está jóia!" e "parece filha de si mesma!") - pois os de casa, os íntimos todos sabem sua idade, e não poder ludibriá-los torna-se uma tortura. E se perguntam:
>>> "de que me serve aparentar dez anos menos, se sabem que tenho dez anos mais?" !!!!
Vem então o desejo de fugir ao ambiente e, com novo aspecto, começar vida nova. Ali, com todo mundo sabendo? E aqueles filhões enormes e ainda crescendo, que, não tarda, vêm pôr em seus braços um netinho? "EU avó?" E aquele marido, que a faz lembrar, a cada instante, a jovem com quem casou...
há séculos? É ele a testemunha de acusação!!!!
Não há como fugir... Ou há?
Muitas cirurgias plásticas têm precedido de perto os pedidos de divórcio - (outra cirurgia). E eis que se removem as rugas, aparam-se os babados e eliminam-se as testemunhas. É a crise de um egocentrismo que se exacerba.
A batalha continua. Mete-se em drásticos regimes para emagrecer, corre aos salões de beleza, às clínicas fisioterápicas, com todo um arsenal complicado e sofisticado, inventos da tecnologia mais avançada, na estratégia contra um inimigo invencível... "o tempo" !!!!
E é triste. A ansiedade neurótica, que acompanha esta infeliz, envelhece-a mais rápido que o próprio passar do tempo e ainda tem a força de vencer os processos rejuvenescedores. Frustrações, decepções, desilusões e o medo constante marcam fundo, e contra estas marcas não há remédio nenhum. Prova de que o medo envelhece é o fato de que a rainha "Maria Antonieta", 24 horas após sua condenação, teve a cabeça totalmente branca. Parecia uma velhinha, ao caminhar para a guilhotina.
Para as infelizes que se desgastam nesta angústia, fruto de um desequilíbrio emocional ante o inexorável, faz-se necessária a psicoterapia, antes que o barco da família soçobre e ela, a pobre "Cinderela", acorde de seu sonho, sem sapato e sem príncipe.
Entretanto, dentro da normalidade, do equilíbrio, do bom senso, você pode recorrer ao bisturi reparador. Pode fazer regimes, ginástica, tudo que quiser, mas sem exigir além do que pode obter.
Você tem direito de querer ser mais atraente, mais elegante e aproveitar ainda muito a vida com uma bela aparência, através dos anos. Mas use o bom senso e não caia no exagero, o que a levará a jato para a doença, a infelicidade, a velhice precoce. Vamos tomar pé. Não nade contra a correnteza.
Como qualquer outra pessoa, você necessita de carinho, afeto, calor humano, e para obter estas coisas não será preciso ter o aspecto dos 20 anos. Você poderá somar à alegria de ser charmosa a glória de ser avó.
Que nos Impede de Ser Felizes?
(Magdalena Léa).
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