terça-feira, 12 de março de 2019

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Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).

12 de Março de 1947... "DOUTRINA TRUMAN" - (Início da Guerra Fria).
A "Doutrina Truman" é anunciada para buscar conter a "expansão do comunismo" junto aos chamados (elos frágeis) do "sistema capitalista".
A expressão Doutrina Truman designa um conjunto de práticas do governo dos Estados Unidos em escala mundial, à época da chamada Guerra Fria, que buscava conter o avanço do comunismo junto aos chamados "elos frágeis" do sistema capitalista.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, os países europeus entraram em declínio, coincidindo com a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética como potências no palco das relações internacionais.
"Winston Churchill", estadista britânico, foi o primeiro a perceber o avanço do comunismo, iniciando fortes pressões para que o Ocidente encontrasse uma estratégia para deter o avanço soviético.
Em resposta à atitude britânica, o então presidente estado-unidense, "Harry S. Truman", pronunciou, em (12 de março de 1947), diante do Congresso daquela nação, um violento discurso assumindo o compromisso de "defender o mundo livre contra a ameaça comunista".

Estava lançada a "Doutrina Truman" e iniciada a "Guerra Fria", que propagou para todo o mundo o forte antagonismo entre os blocos capitalista e comunista. Em seguida, o secretário de estado "George Catlett Marshall" anunciou a disposição dos Estados Unidos de efetiva colaboração financeira para a recuperação da economia dos países europeus.

Truman propôs a concessão de créditos para a Grécia e a Turquia, com o objetivo de sustentar governos pró-ocidentais naqueles países.
"GUERRA FRIA".
"Guerra Fria" é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991), um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as duas superpotências, "dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear". A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi o objetivo central durante a primeira metade da Guerra Fria, estabilizando-se da década de 1960 até à década de 1970 e sendo reativada nos anos 1980 com o projeto do presidente dos Estados Unidos "Ronald Reagan" chamado de "Guerra nas Estrelas".
Uma parte considerável dos historiadores argumenta que foi uma disputa dos países que apoiavam as "Liberdades civis", como a liberdade de opinião e de expressão e de voto, representada pelos Estados Unidos e outros países ocidentais e do outro lado a "doutrina comunista ateia", defendida por regimes que perseguiram as religiões, onde era suprimida a possibilidade de eleger e de discordar, defendida pela União Soviética (URSS) e outros países onde o comunismo fora imposto por ela.

Outra parte defende que esta foi uma disputa entre o capitalismo, que patrocinou regimes ditatoriais na América Latina, representado pelos Estados Unidos, e o socialismo totalitário expansionista ou socialismo de Estado, onde fora suprimida a propriedade privada, defendido pela União Soviética (URSS) e China.

Entretanto, esta caracterização só pode ser considerada válida com uma série de restrições e apenas para o período do imediato pós-Segunda Guerra Mundial, até a década de 1950.

Logo após, nos anos 1960, o bloco socialista se dividiu e durante as décadas de 1970 e 1980, a China comunista se aliou aos Estados Unidos na disputa contra a União Soviética. Além disso, muitas das disputas regionais envolveram Estados capitalistas, como os Estados Unidos, contra diversas potências locais mais nacionalistas.
Dada a impossibilidade da resolução do confronto no plano estratégico, pela via tradicional da guerra aberta e direta que envolveria um confronto nuclear; as duas superpotências passaram a disputar "poder de influência política... econômica e ideológica" em todo o mundo.

Este processo se caracterizou pelo envolvimento dos Estados Unidos e União Soviética em diversas guerras regionais, onde cada potência apoiava um dos lados em guerra. Estados Unidos e União Soviética não apenas financiavam lados opostos no confronto, disputando influência político-ideológica, mas também para mostrar o seu poder de fogo e reforçar as alianças regionais.

Neste contexto, os chamados "países não alinhados" mantiveram-se fora do conflito, não se alinhando aos blocos pró-URSS ou pró-Estados Unidos, formando um "terceiro bloco" de países neutros: (o Movimento Não Alinhado).
Norte-americanos e soviéticos travaram uma "luta ideológica"... "política e econômica" durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano entendia como uma ameaça à sua hegemonia; se um movimento popular combatesse um governo aliado ao soviético, logo poderia ser visto com simpatia pelos Estados Unidos e receber apoio, sendo que o oposto também ocorria no lado soviético.

A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975) e a Guerra do Afeganistão (1979–1989) são os conflitos mais famosos da "Guerra Fria"... (Além da famosa tensão na crise dos mísseis em Cuba - 1962).

Entretanto, durante todo este período, a maior parte dos conflitos locais, guerras civis ou guerras interestatais foi intensificada pela polarização entre (EUA e URSS).

Esta polarização dos conflitos locais entre apenas dois grandes polos de poder mundial é o que justifica a caracterização da polaridade deste período como bipolar, principalmente porque, mesmo que tenham existido outras potências regionais entre 1945 e 1991, apenas Estados Unidos e URSS tinham capacidade nuclear de segundo ataque, ou seja... (capacidade de dissuasão nuclear).
DISCURSO...
12 de Março de 1947:
Presidente "Harry Truman" apresenta ao Congresso - "A Doutrina Truman".
No dia 12 de março de 1947, Harry Truman, presidente dos EUA, apresentou ao Congresso as diretrizes da sua política externa. Ele exigiu esforços especiais para combater a expansão dos soviéticos no mundo.
>>> “A fim de garantir o desenvolvimento pacífico das nações, sem exercer pressão, os Estados Unidos assumiram a maior parte na criação das Nações Unidas. Mas só concretizaremos nossas metas se estivermos dispostos a ajudar povos soberanos na manutenção de suas instituições livres e de sua integridade nacional contra imposições de regimes autoritários".
Essas foram as palavras do presidente "Harry Truman" diante do Congresso norte-americano no dia "12 de março de 1947". Com seu pronunciamento, o então chefe do governo conclamou a opinião pública dos Estados Unidos a apoiar a "Turquia" e a "Grécia", tanto no aspecto econômico como militar, para “conter as tentativas soviéticas de subversão”, (como se dizia na linguagem da Guerra Fria).
Truman apresenta sua "doutrina"... (Pouco apoio, grande efeito).
"Truman" respondeu à suposta ameaça soviética no Sudeste Europeu com uma concepção própria de política de segurança. Mesmo que o Congresso tenha aprovado o plano apenas com uma pequena margem de votos, seu efeito foi enorme:

>>> "a Doutrina Truman selou não só a derrota comunista na guerra civil da Grécia, como fomentou de forma perigosa o antagonismo entre as duas superpotências, acirrando a Guerra Fria".
Segundo a "teoria de Truman", o mundo estava dividido entre dois sistemas:

>>> "os governo livres democráticos e os totalitários comunistas".

A ajuda ao exterior, segundo formulado na sua doutrina de 1947, foi a diretriz das políticas externa e de segurança da Casa Branca durante várias décadas. Entre os acontecimentos que se seguiram estão o Plano Marshall, de reconstrução da Europa pós-guerra, alianças como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), criada em 1949, e as intervenções na Coreia e no Vietnã.
ARMAS NUCLEARES COMO TRUNFO POLÍTICO.

O principal trunfo político dos Estados Unidos era na época (e continua sendo) "seu arsenal nuclear". Esta é a opinião do historiador norte-americano e diretor do Centro Nacional de Economia Alternativa, em Washington, "Gar Alperovitz":
>>> “A Guerra Fria, como a conhecemos, não teria sido imaginável sem armas nucleares. Não só no aspecto da corrida armamentista, mas também das relações entre os Estados Unidos e a União Soviética. Estas relações seriam radicalmente diferentes se não tivesse havido a bomba atômica. Por isso, acredito que, se não houvesse armas nucleares naquele momento, não daria para entender o porquê da corrida armamentista durante a Guerra Fria, nem seus aspectos políticos, geopolíticos e estratégicos na Europa”
.
Até hoje, "Truman" representa para muitos o típico cidadão americano, que podia ganhar seu pão como agricultor ou como contador. Alguém que, apesar de todas as dificuldades, demonstrou brio, começou de baixo e foi parar na Casa Branca.

Para o historiador (Alperovitz)... "Truman teve outra personalidade política":

>>> “Inescrupuloso e consciente de seu poder, com a capacidade de desrespeitar instituições democráticas e enganar a opinião pública”.
Truman acreditava em eleições livres, no Estado de direito e suas bases. Mas também foi produto de um dos piores aparatos da história americana...

>>> “Quem o levou ao poder foi o (gângster político Pendergast), em Missouri, no Texas. Era um aparato dos mais brutais, que comprava políticos e encomendava assassinatos. Truman era senador e teria que ter sido extraordinariamente ingênuo se não tivesse notado com quem estava lidando. Já naquela época era comum os políticos mentirem e distorcerem a realidade”. (conclui Alperovitz).

(Banda Devassa-Rio - 12 de março de 2019).

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