sexta-feira, 15 de março de 2019

Banda Devassa - Rio de Janeiro. - "Marielle Franco - A Mulher em Debate".

Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


"VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL".
O HOMEM E A MULHER NO DESEMPENHO DE PAPÉIS:
A desigualdade de poder, vista por toda parte, influencia fortemente os comportamentos individuais na nossa sociedade.
Geralmente a "mulher" é educada para um papel mais passivo e o homem, mais treinado para a ação e para ser guerreiro.
De um modo geral, a mulher ganhou poder, na medida em que descobriu seus próprios recursos para sobreviver de forma autônoma e passou a ter realização profissional. No relacionamento-a-dois a situação é diferente. Uma boa parte ainda não consegue resolver os conflitos que surgem e tende a se submeter ao outro, tolerando a dominação e, às vezes, a hostilidade dos seus companheiros.

Desta forma, sem querer, a mulher, contribui para que não haja consequências para os "comportamentos" agressivos dele e assim... a violência pode crescer a cada dia. Numa relação de força desproporcional entre os dois, o mais comum é que ela venha a se tornar a vítima dele.
E o homem, qual é o seu contexto? Ao contrário da mulher, nas últimas décadas a percepção do homem é de perda de poder e prestígio. O aumento da competitividade, inclusive com as mulheres, gera perda de espaço profissional e consequentemente, muitos "sonhos" de realização profissional e material frustrados.

Além disto, no espaço da convivência com a mulher tem havido perdas, pois as mulheres geralmente trabalham e têm menos disponibilidade ou desejo de “cuidar deles”. Ainda assim, no espaço da intimidade, onde não há quase testemunhas, surge a "brecha", isto é... o espaço onde "ele", consciente ou não, tem a possibilidade de compensar estas perdas de poder, sentindo-se... novamente forte.
>>> "Seu passaporte para o poder é o papel de algoz desta companheira".
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
O fato é que as condições de ambos os parceiros se tornam favoráveis ao crescimento do distúrbio da relação chamado "Violência". No casal, o crescimento da hostilidade geralmente se desenvolve através de um processo lento e sutil de lavagem cerebral, até que a violência se torne crônica. Com o tempo, o homem se torna dependente do prazer fácil e das vantagens de ser algoz e quer mais. Enquanto... (ao viver a violência cotidiana), cada vez mais "a mulher perde a autoestima e a autoconfiança" e, com isto, a sua capacidade de reagir para resolver o problema. Isto explica o agravamento do drama e por que tantas mulheres vivem a violência crônica até um final trágico !@!!
QUEM É O INIMIGO DA MULHER QUE SOFRE A VIOLÊNCIA?
Muitos responderiam que… “é o parceiro violento, claro. É dele que esta mulher precisa se livrar”. Esta visão do problema pode ser real, mas talvez seja superficial. As estatísticas mostram que se ela simplesmente se separar deste homem, tenderá a encontrar no seu caminho outro companheiro que... (age do mesmo jeito ou até pior), o que se pode entender facilmente, pois ela está "condicionada a funcionar como vítima". Então, seu inimigo não é o parceiro.
Outros diriam que o inimigo da violência é o medo. É verdade que esta mulher pode ter medo intenso da violência dele ou até mesmo de perdê-lo, mas, como qualquer outro sentimento humano, o medo é natural e existe como um desafio a ser vencido. O inimigo real desta mulher é, em geral, a "Dependência Emocional" (Codependência) do parceiro.

Ela é a sua grande armadilha que gera várias crenças como, por exemplo, de que... "'pode aguentar tudo por amor" (!@!!), da sua fragilidade, da falta de merecimento do melhor, da falta de força diante da situação, de que “ruim com ele... pior sem ele”, de que não tem escolha e outras ideias limitantes que lhe fecham as portas para as soluções desta violência.
A "DEPENDÊNCIA EMOCIONAL"... TEM SOLUÇÃO ???
É por tudo isto que se pode afirmar que a solução desta mulher é fortalecer-se, corrigir suas crenças a fim de perceber seu poder de ação, sair do papel de vítima e treinar o de protagonista. O que é isto?

"Protagonista"... é um papel que se escolhe e se desenvolve e isto não é natural. Segundo "Rui Mesquita":

>>> “Protagonismo é a concepção da pessoa como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção e como fonte de compromissos, que é a responsabilidade... Desta forma, a pessoa aprende fazendo... ocupando uma posição de centralidade no processo e é indutora de mudanças”.
Somente assumindo a responsabilidade total pelo seu bem-estar, a mulher pode vencer seu medo e a violência. E isto ela conseguirá buscando ajuda, lendo e discutindo sobre o seu problema com quem entende; enfim... ampliando muito a sua visão deste "distúrbio" chamado "DEPENDÊNCIA EMOCIONAL", do funcionamento das relações e de si mesma, encontrando, assim, seus verdadeiros recursos e seu poder para sair e prevenir-se de "relacionamentos destrutivos" e dar-se a chance de ter uma vida amorosa realmente satisfatória.
"Dra Elizabeth Zamerul".

(Banda Devassa-Rio - 15 de março de 2019).

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