"REFLEXÕES SOBRE A PREVIDÊNCIA DOS MILITARES"...
(General Roberto Maciel Santos e
Coronel José Antônio Bordeira - 28 de fevereiro de 2019).
Assistimos à "Renata Lo Prete", no (Painel de 25/02/19), na Globonews, entrevistando "Paulo Tafner", um dos formuladores da proposta da Previdência, e o assunto eram "os militares"...
O entrevistado, sobriamente, disse, em outros termos, que ainda há muito preconceito contra os militares em certos extratos, por conta das brasas já quase apagadas, mas ainda quentes, acesas nos idos de 1964.
A aposentadoria, aparentemente “precoce”, é quase uma necessidade pelas peculiaridades da profissão. A higidez e o bom desempenho físico são atributos essenciais às atividades de Defesa; o plano de carreira impõe aos militares muitas transferências ao longo dos seus 30, 35 anos de serviço, com consequências nem sempre positivas na educação, na vida familiar e social, particularmente dos filhos.
Se nos permitem um pouco de "romantismo", quantas amizades e amores ficam para trás... A estrutura piramidal da carreira, por outro lado, recomenda que o topo abra espaços para os escalões intermediários, possibilitando a sua ascensão, e assim evitando congestionamentos que comprometam a saudável renovação dos quadros.
Diante dessas peculiaridades, (sugere Tafner), deve, o militar, retirar-se mais cedo do serviço ativo, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. O caso de Israel nos idos de 1995 é esclarecedor.
Lá os quadros permanentes eram menores e na passagem para a reserva perdiam algo como 20% dos vencimentos. Todavia, o militar retirado recebia um salário por cada ano de serviço, algo como um "Fundo de Garantia" - (que não se tem no Brasil) - além de vencimentos comparáveis a outras carreiras de Estado.
O que o militar quer é salário decente, como a PF, o Judiciário, e o Ministério Público. Assim poderá fazer, na ativa, o seu “pé de meia”, comprar o seu imóvel - (em geral único) - e... com esforço, bem educar os filhos.
Na reserva, se o mercado de trabalho lhe for favorável, aproveitando sua sólida formação, conhecimento de Brasil e experiência profissional, poderá ter uma complementação salarial ainda necessária ou desejada.
Vive-se um verdadeiro “frisson” com a previdência dos militares, quando a grande maioria dos que tratam do assunto, pertencentes à "elite intelectual brasileira", não se detêm nas características únicas da carreira.
Talvez seja a hora de deixarem de lado o "preconceito" e entenderem que "o braço forte do Brasil é mão amiga de cada brasileiro".
(Banda Devassa-Rio - 05 de março de 2019).
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