A FORÇA DA MULHER.
O título dessa crônica pode dar a impressão que estou prestando uma "homenagem tardia à mulher", pois sua data especial e merecida é comemorada internacionalmente no dia "08 de março". Nada disso, até porque "Dia da Mulher é todo dia"...
Ela desempenha um trabalho fundamental na direção de sua família, especialmente ao cuidar da educação de seus filhos e, na contemporaneidade, se destaca em diversos setores, sem dever nada ao sexo masculino. Ademais, ela faz parte de mais de 50% da população mundial e, por isso mesmo, deve – (por direito) – ter... "vez e voz na tomada de decisões importantes para se construir uma sociedade mais justa e igualitária".
Nessa época grave em que o país atravessa, com seus problemas concentrados especialmente na "área política", não posso deixar de lembrar a importância da mulher se inserir mais e veementemente (nessa área).
Sempre que falo sobre a presença feminina na política, eu me lembro de um dos grandes exemplos no cenário internacional, "Margaret Thatcher", Primeira-Ministrada Inglaterra, a chamada “dama de ferro”, responsável por colocar seu país nos eixos, num momento de turbulência econômica.
Existem mulheres brasileiras que estão se destacando nas Assembleias Legislativas, na Câmara e no Senado Federal. Não discuto, aqui, o desempenho delas à frente de seus cargos, mas sim, "a importância de suas presenças".
Numa reunião com alguns amigos, sem presença feminina, o assunto veio à tona, e todos foram unânimes em concordar que elas deveriam ocupar um espaço maior na "política nacional". Um dos presentes lembrou, sabiamente, que nos traumáticos processos de corrupção do "Mensalão" e da "Operação Lava Jato", quando dezenas de políticos foram – (e outros serão) – denunciados e condenados, "apenas uma mulher foi envolvida".
Embora não seja um estudioso do ser humano e não tenha feito pesquisa, posso afirmar que a mulher é mais honesta que o homem, além, (é claro), de ter maior sensibilidade para detectar e apresentar soluções aos problemas humanitários.
Um dos problemas nos dias de hoje é a visão que as mulheres têm do meio político. Dia desses, eu fui convidar uma mulher a participar da eleição desse ano. De cara, levei uma bordoada:
>>> "Você acha que eu vou entrar naquele meio poluído e corrupto? Político só serve para roubar e trabalhar para si próprio. Não vou jogar o nome de minha família na lama".
Eu disse a ela que concordava plenamente com sua argumentação e que eu mesmo vejo o ambiente como nocivo. Mas, que o Brasil precisa de gente séria, sem interesses pessoais, pois se elas não entrarem na política a situação irá piorar e as futuras gerações pagarão a conta.
Discursei, e muito, sobre a importância da mulher em participar pelo seu bom senso, sua sensibilidade e, principalmente por sua honestidade. Fiz ver a necessidade de exercitar a cidadania.
Nossa conversa já durava quatro horas, quando ela acionou seu marido pelo celular e foi firme:
>>> "Estou, como você sabe, conversando com o Maurinho, e resolvi que serei candidata a vereadora. Está decidido !!!!"
Evidentemente eu fiquei muito contente. Uma mulher séria, professora, de família inatacável. Ganhei meu dia. Minha alegria durou exatamente dois dias, até que ela me ligou:
>>> "Maurinho, eu conversei muito com meu marido e ele é contra, pelo ambiente NOCIVO que é a POLÍTICA, sinto decepcioná-lo, não serei mais candidata. Não vou romper com minha família".
Confesso que não me decepcionei, mas também não desisti: marquei um encontro com o marido dela e espero ter sucesso na empreitada. Minha argumentação será uma só:
>>> "minha cidade e meu país precisam da força da MULHER".
(Mauro Adorno de Campos Filho).
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