sábado, 29 de setembro de 2018

Banda Devassa - "Marina Julia" - Praça Marechal Mauricio Cardoso. Vídeo ...

Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


MULHERES E POLÍTICA - (2016).

Dezessete ministras e ex-ministras da França, entre as quais a poderosa "Christine Lagarde", assinaram uma declaração contra o abuso sexual na política, publicada nos principais jornais do país.

A notícia chega em boa hora, quando o Brasil denuncia o "machismo" na composição do novo ministério (Temer), para o qual nenhuma mulher foi convidada...
>>> "segundo escalão não é ministério".

>>> "Nem todas as mulheres se sentem ofendidas com cantadas". (disse Yvette Roudy, ex-ministra para os Direitos das Mulheres e uma das que assinaram a petição).

>>> "Mas algumas consideram isso extremamente ofensivo. E agora decidiram falar". (A frase-chave da petição é exatamente "Não calaremos mais").

E não se trata apenas de cantadas, que já seriam intoleráveis em um ambiente que pretende a seriedade.

"Sandrine Rousseau", porta-voz do Partido Verde, acusou "Denis Baupin", deputado do mesmo partido e vice-presidente da Assembléia Nacional, de apertar-lhe os seios e tentar beijá-la à força em um corredor. (Baupin nega, mas demitiu-se).

"Seria importante perguntar às minguadas mulheres da nossa representação política se já sofreram cantadas, se algum colega alongou a mão por baixo de uma mesa, se já lhe elogiou as formas ou mergulhou o olhar no seu decote. E seria mais importante ainda perguntar o que elas consideram mais ofensivo, se as cantadas, ou o fato de serem tão poucas e sempre menos consideradas que seus colegas homens"...

O machismo se revela nos detalhes, mas está ancorado no todo. O ministério de "François Hollande" tem 9 homens e 7 mulheres.

Na hora de compor o seu ministério, "Michel Temer" não estava pensando em "igualdade", estava contando os votos que os nomes escolhidos lhe garantiriam no Congresso, votos de que necessitará para aprovar as mudanças prometidas. E os votos que as mulheres parlamentares arrastam consigo são insuficientes.

Não por incompetência, certamente. Se há mulheres no Supremo, se há mulheres chefiando empresas e há mulheres de ponta na ciência e na indústria, "por que não as haveria em política?"

Por falta de espaço, por preconceito do eleitorado e dentro dos próprios partidos (Dilma não ganhou por "competência", conforme se viu, ganhou apesar de ser mulher, somente por ser a representação de Lula). Mas a resposta, cabe a elas.

Progressiva e firme acontece, porém, uma mudança reveladora no universo político. Se a presença feminina não aumenta no congresso, domina, disparada, a mídia. Vozes femininas entrevistam os políticos e fazem a cobertura em Brasília.

Mulheres comandam programas políticos, e mulheres estão na primeira linha de comentaristas. Nas últimas semanas, quando o Brasil esteve parado diante da televisão (2016), muito mais do que os homens brilharam as mulheres, não só na cobertura dos fatos, mas nas análises e na projeção de possíveis desdobramentos.

>>> "Se as mulheres entendem tanto de política, parece pouco provável que não saibam fazê-la".

Enquanto isso, nos Estados Unidos, "Trump" prossegue com sua campanha à frente do partido Republicano. Vamos ver se as mulheres americanas, que já denunciaram seu escancarado machismo, e já sabem de suas investidas indesejadas, de suas piadinhas grosseiras e de seus comentários sobre a forma física feminina, o rejeitam nas urnas... (Trump" foi eleito Presidente).

(Banda Devassa - Rio. - 29/09/2018).

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