sábado, 12 de janeiro de 2019

Banda Devassa - "Marina Julia" - Praça Marechal Mauricio Cardoso. Vídeo ...

Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


CONJUNTO HABITACIONAL -
PREFEITO MENDES DE MORAES. (Pedregulho).
Rio de Janeiro, 1946.

O "Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes", conhecido como "Pedregulho", foi projetado pelo arquiteto "Affonso Eduardo Reidy" (1909-1964) a partir de 1946, para abrigar funcionários públicos do então Distrito Federal. Um dos ícones da arquitetura modernista brasileira, ele foi projetado pelo arquiteto quando era Chefe do Setor de Planejamento do Departamento de Habitação Popular do Distrito Federal, tendo "Carmen Portinho" como diretora.

O projeto mostra a preocupação de ambos com o "homem", já no final dos anos 40. "Reidy" e "Portinho" defendiam que “habitar não se resume à vida no interior de uma casa”, propondo a composição entre moradia e o espaço externo, promovendo a instalação de serviços complementares às famílias na mesma área dos edifícios residenciais. A Obra contou com técnicas de engenharia avançados para a época.

O arquiteto foi um dos protagonistas da arquitetura moderna no Brasil e seu trabalho é caracterizado pelo casamento entre as possibilidades de uma nova arquitetura e a manutenção de valores culturais e naturais pré-existentes, sendo o conjunto prefeito Mendes de Moraes um dos exemplos mais significativos desta ideologia adotada por Reidy. O conjunto até hoje é um modelo na temática da habitação popular e "um dos primeiros a demonstrar preocupação em prover dignidade à classe trabalhadora".

O projeto paisagístico de "Roberto Burle Marx" e painéis, de autoria de "Candido Portinari", Burle Marx e Anísio Medeiros, reafirmam a importância deste exemplar da arquitetura brasileira.

Construído no Morro do Pedregulho em São Cristóvão, Rio de Janeiro, o Conjunto do Pedregulho destinou-se a atender à demanda habitacional de funcionários públicos federais e é constituído por sete edifícios:
três residenciais, quatro de serviço e áreas de lazer e piscina.

Com a mudança da Capital Federal para Brasília, todo o conjunto permaneceu à própria sorte até 1978, quando a CEHAB assumiu os imóveis residenciais.

O ARQUITETO.

"Affonso Eduardo Reidy" (Paris, 26 de outubro de 1909 - Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1964) é considerado um dos pioneiros na introdução da arquitetura moderna no país. Estudou na escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Influenciado pelas ideias de "Le Corbusier", faz parte da equipe de arquitetos que no fim da década de 1930 projeta o edifício-sede do recém-criado Ministério de Educação e da Cultura (edifício conhecido hoje como Palácio Gustavo Capanema).
Aí trabalha junto de "Oscar Niemeyer" sob a direção de "Lúcio Costa", com a colaboração do próprio "Corbusier".

Em 1954 projeta o "Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro", obra de concepção estrutural arrojada, logo após obter o primeiro prêmio da Exposição Internacional de Arquitetos da I Bienal de São Paulo, em 1953. Com o prestígio alcançado, é convidado a projetar o Museu Nacional do Kuwait.

Também é responsável pelos projetos do “Conjunto Habitacional da Gávea” e do “Conjunto Habitacional Pedregulho”, considerado arrojado pela sua concepção espacial e pela prioridade dada aos equipamentos de lazer e convivência.

Um dos maiores nomes da arquitetura moderna brasileira, Reidy tem grande atuação como urbanista, participando de diversos projetos para a cidade do Rio de Janeiro, desde 1929, quando trabalha com "Alfred Agache" na elaboração do plano diretor da então capital federal. A partir de 1932, responsável pelos serviços de arquitetura e urbanismo da Prefeitura do Rio de Janeiro, envolve-se com uma série de soluções para a área central da cidade, das quais uma das mais famosas é a urbanização do Aterro do Flamengo.

O CONJUNTO.

O Pedregulho, localizado no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, compõe a face social da arquitetura de Reidy, ao lado da Unidade Residencial da Gávea (1952) e do Teatro Armando Gonzaga (1950), em Marechal Hermes. O conjunto, elogiado por "Max Bill" (1908-1995), em 1953, e por "Le Corbusier" (1887-1965) em sua passagem pelo Brasil, em 1962, marca um momento de reconhecimento internacional das obras arquitetônicas e urbanísticas de Reidy.

Não tendo ilusões quanto às dificuldades materiais que iria encontrar e convencido de que faltariam recursos financeiros durante o trabalho, Reidy evitou começar pelos blocos residenciais e dedicou-se primeiramente aos serviços comuns. Ele não ignorava que estes corriam o risco de serem taxados supérfluos, porém não tinha confiança no espírito de continuidade de uma administração municipal. Por outro lado, o arquiteto sabia que mais cedo ou mais tarde os alojamentos seriam terminados.

INFLUÊNCIAS ARQUITETÔNICAS.

Frank Lloyd Wrigth:

O arquiteto americano "Frank Lloyd Wright" expunha em seus projetos uma preocupação com o equilíbrio entre espaços formados pelos elementos arquitetônicos. Além disso, Wright defende que o ambiente construído seja inter-pendente do espaço exterior natural e busque relações visuais com o mesmo.

Tal reconhecimento do espaço natural como elemento de projeto também ocorre no projeto de Reidy para o Conjunto Pedregulho, visto que sua organização se dá a partir dele.

Assim como no trabalho de Wright, também está explícita no projeto de Reidy uma disposição dos edifícios que configure os espaços vazios de forma a transformá-los uma parte do conjunto. Desta forma, edificações e espaços vazios formam um grande bloco.

Le Corbusier:

Nota-se semelhanças entre o Conjunto Pedregulho e o projeto de "Le Corbusier" para a cidade de Argel (África), visto que a cidade também se encontra em uma encosta.

Le Corbusier criou regras compositivas para as edificações implantadas em encostas: tinham o objetivo de promover relações visuais entre a paisagem e a arquitetura, onde o objeto arquitetônico deveria interferir o menos possível nos visuais existentes.

Para cumprir este objetivo, o arquiteto definiu que estes edifícios deveriam apresentar junto ao acesso, pilotis que permitissem uma permeabilidade visual junto à natureza do lugar. A mesma configuração foi adotada por Affonso Reidy no bloco "A" do Pedregulho.

Os arquitetos mantiveram uma relação íntima durante a construção do conjunto habitacional no Rio de Janeiro.

Enquanto Reidy projetava o Pedregulho, Le Corbusier projetava a Unidade de Habitação de Marselha. As semelhanças entre os projetos vão além dos pilotis no pavimento de acesso. Ambos os projetos adotam programas muito similares, contendo apenas alguns complementos.

A capacidade de Reidy de incorporar características geográficas do terreno e de estabelecer uma relação entre a topografia e o edifício passa a ser notada no trabalho de Le Corbusier, que as adota, porém com sutileza, após uma visita ao Brasil.

A concepção arquitetônica está orientada pelo espírito de classificação sistemática de Le Corbusier. Cada obra é definida por um volume simples, determinado, num conjunto nitidamente dividido em grandes categorias, onde o aspecto formal acusa a diferença de funções.

Niemeyer:

Apesar da inspiração teórica e do método serem indubitavelmente advindos da arquitetura de "Le Corbusier", o vocabulário plástico decorre de "Niemeyer", principalmente daquela vista no conjunto da Pampulha. Essa influencia é particularmente sensível nas construções destinadas a abrigar os serviços comuns.

CONTEXTO ARQUITETÔNICO.

Muito diferente do pensamento político que se consolidou nas décadas seguintes, a habitação não é tratada por Reidy como um problema em si; como algo que pode ser destacado de toda a vida urbana.

Conjuntos Habitacionais como as COHABs de São Paulo acabaram por consolidar uma política pública precária corrente até hoje: a habitação poderia ser suprida com a construção de unidades em locais geralmente muito distantes do centro e desprovidas de quaisquer equipamentos públicos e infraestruturas.

O Pedregulho manteve-se, em um imaginário arquitetônico moderno, como uma contraposição possível de uma produção de cidade.

"Entre as inovações, estava o fato de as unidades residenciais, em vez de vendidas, como sempre acontecia com esse tipo de moradia financiada pelo governo, eram alugadas.

Eu pregava que a habitação popular, no caso do Pedregulho, deveria ser alugada somente para funcionários da prefeitura e não vendida, porque pelas pesquisas que fizemos verificamos que o operário brasileiro, pelo menos da prefeitura, não tinha poder aquisitivo.

Por causa disso, acontecia que para ter uma moradia, ele pedia empréstimos ou ia conseguir o dinheiro não sei de que modo, no fim não podia pagar, acabava entregando o imóvel, deixando a família desesperada sem ter para onde ir. Isto acontece até hoje.

No caso do Pedregulho, optamos pelo aluguel dos apartamentos a funcionários da Prefeitura que trabalhassem nas suas proximidades, que eram descontados em folha pelo Montepio dos Funcionários Municipais. O fiador, no caso, era a própria Prefeitura". - (Carmen Portinho, 1999).

Embora seja uma das mais conhecidas experiências de habitação popular da arquitetura moderna brasileira, o Pedregulho não é uma obra isolada, ele está no meio de uma série de iniciativas habitacionais realizadas com os fundos dos Institutos de Aposentadorias e Pensões - (IAPs), no âmbito do Departamento de Habitação Popular do Distrito Federal.

Outros projetos similares ao Pedregulho são executados no período, por exemplo: o Conjunto do Residencial do Realengo, de "Carlos Frederico Ferreira" (1906-1996), implantado entre 1939 e 1943, e considerado o primeiro bloco habitacional moderno; o projeto para a Vila Guiomar, em Santo André, 1949, também de Carlos Ferreira; o Conjunto Residencial Passo d'Areia, Porto Alegre, 1946, de "Marcos Kruter" e "Edmundo Gardolinski"; o Conjunto Habitacional da Gávea, 1954, de "Reidy", e o Conjunto Residencial de Vila Isabel, 1955, de "Francisco Bolonha" (1923).

São notórias as influências do debate internacional em todos esses projetos, em especial dos pontos sistematizados nos Congressos Internacionais de Arquitetos Modernos - (CIAM), no fim da década de 1920.

No (2º Ciam, de Frankfurt), especificamente, o tema central é a questão da habitação para setores de renda mínima e a procura de projetos que simplifiquem os processos construtivos pela incorporação de tecnologia de ponta, eliminação de ornamentos, racionalização do traçado urbanístico e uniformização de unidades e blocos.

Os conjuntos residenciais populares construídos no Brasil entre as décadas de 1930 e 1950 representam as aspirações urbanísticas do momento ao procurar forjar novas formas de sociabilidade e um ordenamento das relações sociais pela ênfase na vida comunitária. Para tanto, valem-se do projeto moderno de compatibilização de economia, praticidade, técnica e soluções esteticamente interessantes.

O conjunto do Pedregulho traz em sua concepção os preceitos urbanísticos do "CIAM", revelando de forma acabada a relação entre habitação social, modernização, educação popular e transformação da sociedade, objetivos que nos nossos dias são postos em questão.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS.

Terreno:

O terreno adotado para a execução do projeto, do Departamento de Água e Esgotos, possui área total de 52.142,00 m² e a taxa da ocupação final do projeto ficou em 17,3%. Todas as árvores de grande porte pré-existentes no local foram respeitadas.

A conformação do terreno é irregular e sua topografia bastante acidentada, apresentando em certo ponto um desnível de 50 metros que cruza a extensão do terreno sinuosamente. Tais condições dificultam o deslocamento entre as duas regiões formadas no terreno, acentuando a segregação do espaço.

Insolação:

A orientação do lote, em termos de "insolação", é de certa forma desfavorável, já que recebe excessiva insolação à tarde numa região de clima quente. Como compensação, o arquiteto privilegia as vistas panorâmicas sobre o fundo da Baía de Guanabara.

Implantação:

O principal edifício do conjunto, o "Bloco A", possui uma forma ondulada que acompanha a forma da curva de nível e se encontra ao longo da cota mediana do talude.

Nota-se a intenção do arquiteto de organizar todo o conjunto a partir de uma característica existente, contextualizando a arquitetura na paisagem natural, já que é partir do posicionamento do bloco "A" que estão distribuídas as demais edificações, criando relações entre os elementos distintos.

A escola, o posto de saúde e o "bloco B" residencial conformam o espaço de forma a criar uma praça central para o conjunto, onde estão localizadas as principais áreas de lazer.

A entrada do Bloco "A" se dá por uma rua coberta, em um andar intermediário que constitui um lugar de estar e lazer para os moradores. Dessa rua acessam-se as escadas para as unidades, embaixo e acima dela.

O tripé conceitual arquitetônico-urbanístico da "rua" (infra-estrutura), da "escola" (equipamento) e da "casa" (habitação) é materializado no programa do Pedregulho.

Para promover maior identificação entre a edificação e sua função, Reidy optou por posicionar os blocos residenciais paralelamente, enquanto os demais edifícios estão dispostos perpendicularmente, sendo o posto de saúde a única edificação que realiza ambas as relações, já que possui forma quadrada.

Não há dúvida de que a imagem mais forte e significativa do conjunto seja o "bloco A". Seu caráter monumental e destaque formal não são encontrados nas demais edificações, estando seu valor arquitetônico presente de forma isolada.

No entanto, analisando-se o conjunto como um todo e centrando a atenção nos edifícios que completam o programa, o grande edifício ondulado torna-se um grande plano de fundo que transmite sua grandiosidade para os demais.

PROGRAMA.

O Conjunto Habitacional:
Pedregulho abrigaria blocos residenciais e áreas de serviços comuns:
"jardim-de-infância, maternal, berçário, escola primária, mercado, lavanderia, centro sanitário, quadras esportivas, ginásios, piscina, vestiários e centro comercial".

Residenciais:
O edifício principal de habitação com 260 metros e 272 apartamentos, acompanha a curva de nível. Este bloco tem seu acesso por um nível intermediário, sendo que os dois pavimentos inferiores contém apartamentos de uma só peça e os superiores duas ordens de apartamentos duplex de um a quatro dormitórios.

Os blocos “B1” e “B2”, com cerca de 80 metros de extensão, com duas ordens de apartamentos duplex, contém 56 unidades de dois, três e quatro dormitórios. O bloco “C”, não construído, constituía-se de 12 pavimentos com apartamentos de dois, três e quatro dormitórios e elevador. No total, o conjunto hoje possui 328 unidades.

Educacional:
A atenção foi concentrada principalmente na escola e suas dependências, que ocupam uma posição central; são dúvida são as obras mais cuidadas e mais originais. De fato, para o arquiteto, a escola representava o progresso, num país onde mais da metade da população era analfabeta.

Mercado/Centro sanitário:
Os centros sanitário e comercial são construções de dimensões modestas, de aspecto simples e proporções harmoniosas que se equilibram mutuamente. Constituídos de dois prismas trapezoides juntos, apoiados no solo, que permitem resolver vantajosamente os problemas de insolação, ventilação, iluminação, natural e circulação, são aparentados pelo tratamento de suas fachadas (baseada num jogo de brise-soleil protetores).

A construção é constituída de um prisma trapezoide simples, montado sobre pilotis, o que permite liberar um vasto pátio coberto no térreo. Essa forma era muito conveniente para o programa: todas as salas de aula estão orientadas para o sul, para o lado da sombra.

Estas têm uma ventilação natural permanente graças às aberturas feitas no topo do fechamento que as separa do corredor; este, apenas fechado por uma grade de cerâmica que protege do excesso de insolação, mas deixa passar livremente a brisa da baía, corre ao longo de toda a face norte.

Escola:
Ela está intimamente ligada às dependências esportivas, principalmente ao ginásio, que forma com ela uma única composição. Essa fusão é marcada, no plano material, pelo jogo de rampas e marquises que constituem uma via de acesso comum às duas partes da obra e, no plano estético, por um equilíbrio baseado numa série de oposições: de fato, os arcos tensos e o aspecto fechado do ginásio destacam-se do traçado retilíneo e da transparência da escola.

A "estética" e os princípios defendidos por "Le Corbusier" se fazem sentir no projeto do Pedregulho, no cuidado com as tecnologias aplicadas na construção, na economia de meios utilizados e nas preocupações funcionais estreitamente relacionadas às soluções formais.

Porém o vocabulário plástico empregado beneficia-se das soluções de "Oscar Niemeyer" para o conjunto da Pampulha (1942-1944), em Belo Horizonte: a retomada de arcos e abóbadas, as linhas curvas e os desenhos ondulantes.

Na concepção arquitetônica do complexo, cada obra é definida por um volume simples, integrado a um conjunto mais amplo, onde a forma indica a diferença de funções:
O "paralelepípedo" destina-se aos prédios residenciais; o "prisma trapezoidal" aos edifícios públicos; e as "abóbadas", às construções desportivas.

A intenção de manter a vista da baía de Guanabara para todos os apartamentos leva Reidy a projetar uma grande construção sobre pilotis, que dribla o declive natural da área pelo uso de passarelas, e uma avenida posterior no topo do terreno, recursos que dispensam elevadores.

Os pilotis de alturas variáveis constituem outra solução original empregada em função dos desníveis do solo. A peça-chave de todo o conjunto é o grande edifício construído no alto, de planta serpenteada, que acompanha as condições naturais do terreno.

Tal modelo de planta foi usado pela primeira vez no "Pavilhão do Massachussetts Institute of Technology" - (MIT), Cambridge, Estados Unidos, construído pelo finlandês "Alvar Aalto" (1898-1976), entre 1947 e 1949, mas Reidy afirma não ter tido notícias desse projeto à época da criação do Pedregulho.

Nos prédios residenciais, nota-se a inspiração nos edifícios do "parque Guinle" (1948-1954), projetados por "Lucio Costa" (1902-1998), evidenciada na concepção das fachadas (montadas pela alternância entre "brise-soleils" fixos, faixas contínuas de peitoris e janelas venezianas), na justaposição de planos cheios e das superfícies vazadas e no uso de cores contrastantes (azul nos peitoris, vermelha nas paredes de fundo dos terraços e amarela nas persianas).

Especial atenção é concedida ao conjunto "escola-ginásio-vestiários", considerado a obra mais original do complexo.
A escola de Pedregulho é concebida como um prisma trapezoide montado sobre pilotis, com amplo pátio coberto no térreo. As salas de aula, localizadas na face sul, dão para um terraço particular.

Os contatos do interior com o exterior são intensificados pelo uso de portas-janelas e de lâminas de vidro. A fachada inclinada garante a luminosidade, e as aberturas no topo das divisórias entre as salas e o corredor asseguram a ventilação, também reforçada pelo emprego de uma trama de cerâmica no limite do corredor.

A escola encontra-se integrada às dependências esportivas pelo desenho da cobertura e pelos contrapontos formais acionados: os arcos e o fechamento do ginásio contrastam com o traçado reto e com a arquitetura vazada das escolas.

Como elemento decorativo, um grande painel de azulejos feito por "Candido Portinari" (1903-1962) para o ginásio (nova referência à Pampulha).

(Banda Devassa-Rio - 12/01/2019).

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