"CONSTANTE CUIDADO COM A ROSEIRA"...
"Dizolina" possuía com suas plantas, e seu jardim, mas, especialmente, me recordo de uma roseira que minha avó dizia ser rosa de "Santa Terezinha".
Com todo o cuidado que ela despendia a roseira, de fato, era a mais vistosa do jardim. Localizada próxima a uma cerca e
contendo diariamente com a luz do sol e água em abundância, a roseira retribuía seu carinho com muitas e muitas rosas, que minha avó gostava de admirar no próprio pé e raramente
permitia que fossem colhidas, salvo para enfeitar o altar da Igreja ou ofertar a Nossa Senhora Aparecida.
Com o passar dos anos e com o peso da idade, minha avó foi pouco a pouco vendo esgotar-se as possibilidades de cuidar de seu jardim e especialmente da roseira tão querida.
A senilidade aliada à mudança do local do pé da roseira, fizeram com que as rosas perdessem um pouco de seu viço, mesmo assim, um dos passeios preferidos de minha avó era visitar a sua roseira e mesmo sem conseguir falar em função do mal de Alzheimer, ela sorria e cheirava as rosas, acredito eu, como memória que permaneceu de seus tempos de plena consciência.
Lembro-me como se fosse hoje, na noite fria de 07 de agosto de 1997, dia em que minha avó faleceu, consegui realizar um de seus desejos, que era ser enterrada com uma rosa daquela
roseira que ela sempre cultivou com todo carinho.
Pela Graça de Deus, a roseira contribuiu oferecendo um botão ainda por desabrochar para que eu a colocasse em suas mãos.
Ainda hoje, a roseira permanece em nosso jardim, não com o vigor de outrora, mas persistindo em sobreviver, quem sabe por ainda poder contar com o constante cuidado de minha avó que
hoje ainda olha por nós de onde estiver. "Paulo César Cedran".
(Banda Devassa-Rio - 20 de Janeiro de 2019).
Nenhum comentário:
Postar um comentário