segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

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Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


PARABÉNS...
SÃO PAULO - "CIDADE DA DIVERSIDADE CULTURAL".

A cidade de São Paulo se caracteriza pela diversidade cultural, base da sua formação urbana. De pequena aglomeração urbana resultante de um processo econômico periférico àquele implantado no nordeste brasileiro a partir do século XVI, São Paulo, em cerca de 200 anos, transformou-se em metrópole.

Ainda que a sua localização inicialmente privilegiasse os intercâmbios comerciais, o que lhe indicava um futuro promissor, no entanto, não passou de um núcleo interiorano e porta de entrada para o “sertão” - (como então se denominavam as áreas não exploradas do país).

De sua fundação em 1554 até 1628, data marcada pela expulsão dos jesuítas, a cidade viveu uma fase religiosa - (predomínio do Páteo da Escola Jesuíta) - caracterizada por uma economia absolutamente fechada.

A agricultura tinha caráter apenas de subsistência, contando com algumas poucas hortas para o consumo doméstico. Nelas eram cultivadas as árvores frutíferas de Portugal, o trilho, o milho, a vinha, o algodão, a mandioca.

O primeiro sinal de mudança nos rumos do destino da cidade foi o descobrimento de ouro no Jaraguá. O ciclo de ouro que se seguiu veio estimular a vocação comercial - (até aquele momento, apenas latente) - tornando-se, a cidade, um importante entroncamento comercial a partir do aparecimento de várias rotas de comércio decorrentes do processo de ocupação brasileiro, que já alcançava o interior.

Ainda que o processo de crescimento da atividade comercial tenha sido importante para a cidade, somente após a chegada do café e o desenvolvimento das ferrovias a partir de 1890 houve modificação na vida urbana de São Paulo.

Para que se possa ter ideia dessa modificação, a população da cidade que era cerca de 70 000 habitantes em 1890, passa a ter 239 000 habitantes em 1900, 587 000 habitantes em 1920, 890 000 hab em 1930 e 1 300 000 hab em 1940.

Ligada à expansão do café, da implantação das ferrovias e do início da industrialização da cidade, a imigração européia, especialmente a italiana, é intensificada a partir de 1887, vindo a dar novas forças à economia paulistana.

De 1866 a 1873, chegaram ao Brasil 304 796 imigrantes, equivalendo à média anual de 21 771. Em 1887, essa cifra subiu para 54 990 imigrantes.

Ao ser decretada a Abolição em 1888, o número de imigrantes atingiu 131 268. No início do século XX, os italianos chegaram a representar mais de 50% da população paulistana, transformando a Paulicéia em uma grande cidade italiana.

Na década de 50, após iniciado o ciclo de industrialização propriamente dito, a cidade de são Paulo passou a recepcionar um intenso fluxo de população, especialmente do norte e nordeste, guiados pelo oferecimento de vagas para trabalho na metrópole que se construía.

O intenso processo de urbanização, gerando, como consequência uma metrópole moderna e de características internacionais, são hoje a marca e a característica da cidade de São Paulo, multi-cultural, multi-étnica e multirracial onde a sua expressão cultural são frutos desta experiência.

A cidade de São Paulo hoje tem uma das maiores populações italianas fora da Itália, um bairro japonês, uma florescente colônia chinesa, uma grandiosa população judia, os coreanos se implantando na antiga área judia do Bom Retiro, sem contar com a população sul-americana.

Todas essas pessoas se sentem em casa em São Paulo e nela reproduzem a sua matriz cultural.

(Banda Devassa-Rio - 28 de Janeiro de 2019).

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