quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Vídeo de Maduro em restaurante de luxo na Turquia gera indignação

Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


"NICOLÁS MADURO ESPECIALIZOU-SE EM DELÍRIOS POLÍTICOS"... (Cinco anos de patacoadas da mente do presidente da Venezuela).

Em março de 2013, "Nicolás Maduro" debutava na Presidência da Venezuela após a morte do tenente-coronel "Hugo Chávez".

De forma quase simultânea, os venezuelanos ficaram no olho do furacão de uma crise de escassez de papel higiênico que vinha crescendo de forma exponencial desde o ano anterior.

O desabastecimento do produto gerava filas nos supermercados e farmácias, mas o governo negava a carência. No começo, Maduro e seu entourage diziam que desnudariam a suposta “campanha na mídia” promovida pela “oligarquia” contra o "chavismo".

Sem poder, porém, esconder mais o desabastecimento com discursos, Maduro passou a acusar a oposição e os empresários de estocar e provocar o sumiço do insumo para tentar derrubá-lo, cumprindo ordens do governo dos Estados Unidos.

Dias depois, ele deu uma nova guinada discursiva. Deixou de acusar os EUA e passou a alegar que a escassez se devia a um motivo positivo: segundo ele, os venezuelanos estavam comendo mais. Logo, estavam demandando mais papel higiênico.

Assim começou o governo Maduro, com uma batalha em torno dos toaletes venezuelanos e de teorias da conspiração sobre a falta de papel higiênico, capazes de superar o realismo fantástico de "Gabriel García Márquez".

Ao longo de seus cinco anos no governo, Maduro acabaria ultrapassando em criatividade - (e paranoia) - o próprio Chávez, que em seus anos no poder havia afirmado que a vida em Marte havia acabado devido ao capitalismo e declarara que as banheiras de hidromassagem eram inimigas da Revolução Bolivariana.

Há meia década, os venezuelanos convivem com o que eles chamam de “Maduradas”, (as bizarrices) do “Filho de Chávez” ou “Apóstolo de Chávez”, como Maduro se autodenomina em público.

É um suplício a mais para quem padece de uma hiperinflação projetada para 13.000% neste ano, uma queda acumulada do PIB de 33% desde 2014, a anulação do Parlamento de maioria opositora, a repressão às manifestações, a prisão de opositores e a censura impostas pelo "regime chavista".

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Em meio à crise do papel higiênico, Maduro disse que um “passarinho pequenininho” havia aparecido enquanto rezava em uma capela no estado de Barinas, a região natal de Chávez, e que a ave era a reencarnação do fundador do chavismo.

O pássaro, disse Maduro, havia lhe dado sua bênção para uma caminhada “rumo à vitória!”. Pela primeira vez, a "ornitologia", em uma combinação inédita com o "espiritismo", entrava na política mundial.

No ano passado, Maduro passou do âmbito ornitológico para o pecuário. Durante uma visita à Expo Venezuela Produção Soberana, ele conversou com um grupo de vacas e pediu seu voto para as eleições da Assembleia Constituinte. O líder chavista disse aos bovinos que precisava de representantes da área rural na assembleia que está elaborando a nova Constituição do país. "As vacas não responderam"...

O governo maduro começou com uma batalha em torno da falta de papel higiênico nos banheiros...

Na área animal, em setembro passado, Maduro anunciou o “Plano Coelho” para atenuar a crise de desabastecimento de alimentos.

O plano pretendia distribuir coelhos vivos para que as pessoas os criassem em suas casas e parte deles servisse de comida.

Ele falhou, segundo disse Maduro, devido à “dominação cultural ianque”, que levou os venezuelanos a mimar os coelhos como "pets" em vez de comê-los.

>>> “Isso é coisa da cultura americana, na qual nos ensinaram que o coelho é bonitinho”, (esbravejou Maduro em programa de TV em rede nacional), ignorando que os coelhos não fazem parte da dieta local (e de forma geral, de toda a área do Caribe).

Dois anos antes, Maduro anunciara outro plano, no qual recomendou aos venezuelanos que reservassem um espaço de 1 metro de altura por 60 centímetros de largura onde caberiam três galinhas em um apartamento. Como exemplo, Maduro disse que ele e sua esposa, "Cilia Flores", haviam montado na residência presidencial um "poleiro" com... (50 patrióticas galinhas).

Nos momentos nos quais os problemas da realidade não conseguem ser camuflados com planos peculiares, Maduro recorre às "efemérides chavistas" e à exaltação de Chávez em tom de "necrolatria", (a obsessão pelos corpos dos mortos).

Uma delas foi quando Maduro confessou em público que volta e meia passava noites dormindo ao lado do caixão de Chávez no Quartel da Montanha, em Caracas. Em várias ocasiões, Maduro citou a onipresença do finado bolivariano na geografia venezuelana.

Disse que via sempre o perfil de Chávez nas montanhas ao redor de Caracas. Além disso, sustentou que a face de Chávez havia aparecido a um grupo de operários em uma parede de rocha do túnel do metrô de Caracas.

A transformação de Chávez em "mito religioso" teve um upgrade quando Maduro e os integrantes do partido governista "PSUV" rezaram a oração “Chávez nosso”... nos moldes do “pai-nosso” católico:

>>> “Chávez nosso que estais no céu, na terra, no mar e em nós, vossos representantes. Santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso legado para levá-lo aos povos daqui e de lá” !@!!

A oração continuava pedindo a orientação do "falecido líder":
>>> “Dai-nos hoje a vossa luz para que nos guie a cada dia... não nos deixai cair na tentação do capitalismo, mas livrai-nos da maldade da oligarquia, do delito do contrabando, pois nossa é a pátria, a paz e a vida. Pelos séculos dos séculos, amém. Viva Chávez” !@!!

Como é tradicional para qualquer criação de "lenda religiosa", Maduro instituiu o dia (08 de dezembro) como o “Dia da Lealdade e de Amor a Hugo Chávez”. Segundo ele, a data serve para “exaltar o pensamento bolivariano”, para declarar “o amor infinito” do povo venezuelano pelo “Gigante Eterno” - (Chávez) - e para “honrar com ação e pensamento” o falecido líder bolivariano.

Em 2014, Maduro decidiu "turbinar" a exaltação da imagem de seu antecessor com a fundação do "Instituto de Altos Estudos do Pensamento do Comandante Hugo Chávez" (Iaepchc).

Ele afirmou que o objetivo da entidade é “aprofundar o estudo e a difusão do pensamento e dos valores” do Comandante Supremo.

O organismo tem a função de compilar as ideias de Chávez - (para isso os integrantes do "Iaepchc" precisam ouvir e transcrever dezenas de milhares de horas de discursos do falecido bolivariano) - e fiscalizar se as novas estátuas de Chávez estão sendo erigidas de forma “correta” ou não !@!!

(ACORDA MADURO !!!! - Banda Devassa-Rio - 27/02/2019).

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