terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Banda Devassa - "Marina Julia" - Praça Marechal Mauricio Cardoso. Vídeo ...

Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


BOECHAT... e o "JORNALISMO OPINATIVO"...

Lembro de uma palestra do jornalista "Ricardo Boechat" na inauguração da Tribuna BandNews (Fortaleza) sobre o jornalismo e o rádio. Isso foi em 2013.

"Boechat" defendeu que apresentadores - (ou âncoras) - pudessem opinar. Seria uma forma de aproximar o veículo (e a própria atividade jornalística) do público.

Obviamente, as opiniões precisariam ter o respaldo da experiência profissional e embasamento nos fatos.

Quem faz "jornalismo opinativo" de verdade (assumindo posicionamentos) sabe as responsabilidades que assume e os riscos que corre: por um lado, checar e checar insistentemente as informações, contribuir no aprofundamento dos temas de interesse geral, por outro, criar antipatias, desagradar grupos, errar o tom, cometer injustiças, ser processado.

Riscos que valem, pois muitas vezes a opinião é o complemento da notícia.

"Boechat" conseguiu unir essa disposição a credibilidade do apresentador. O segredo para isso ele mesmo revelou nesse evento que mencionei: priorizar os cidadãos e não as autoridades...

Saber ouvir para dar voz. Não só isso. Quem o escutava com frequência percebia que sua crítica não se confundia com ressentimentos, torcida, panfletagem, causas particulares, nem se limitava a um determinado grupo político.

Por isso tudo a partida trágica do jornalista apresentador que OPINAVA sem se omitir jamais tocou a tantas pessoas que manifestaram na imprensa e nas redes a tristeza de perder alguém que lhes parecia, mesmo à distância, próximo como um amigo com quem conversassem regularmente.

A saudade se manifestou instantânea, prova de que Boechat estava certo quando defendia a interação honesta com o público. Seu silêncio prematuro é difícil de ser assimilado.
"Wanfil". (Banda Devassa-Rio - 12 de fevereiro de 2019).

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