Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).
Sylvio de Magalhães Padillha (Niterói, 05 de junho de 1909 - São Paulo,
28 de agosto de 2002), foi um atleta e dirigente esportivo brasileiro.
BIOGRAFIA.
CARREIRA NO ATLETISMO:
Nascido em Niterói, "Sylvio" era filho de "João Avelino", um militar
capitão da Marinha e campeão brasileiro de esgrima (florete), e a mãe,
"dona Thereza", morreu quando ele tinha apenas nove anos, e o pai
decidiu colocá-lo em uma escola militar. Sylvio entrou para o esporte
por acaso, ao receber convite para praticar salto em distância por um
técnico do América. Quando mudou-se para o Fluminense, clube com mais
estrutura, se especializou nas provas de pista e se tornou recordista
brasileiro dos 100m rasos, foi nas corridas com barreiras que se
consagrou - 110m e 400m.
Mudou-se aos 24 anos de idade para São
Paulo e passou a defender o "Clube Esperia". Foi campeão sulamericano de
Atletismo em diversas provas e participou nos Jogos Olímpicos de Verão
de 1932 (Los Angeles) e 1936 (Berlim), "sendo o primeiro brasileiro
classificado para a final de uma prova olímpica de atletismo", obtendo a
quinta colocação na prova dos 400 metros com barreiras. Antes de entrar
na pista para a semifinal em Berlim, ainda no aquecimento, o técnico do
clube paulistano Esperia, o austríaco "Emmannuel Matula", ouviu algumas
frases de "József Kovács", húngaro e campeão europeu da distância.
<<< "Eu sou campeão europeu, já estou na final. Vou competir até contra um que veio de país de macacos". (dissera).
Porém "Kovács" ficou em quarto em sua bateria, logo atrás de Padilha,
"não se classificando à final". Nos Jogos Olímpicos de Verão de 1948
(Londres) foi o porta-bandeira da seleção brasileira.
Em 1948
abandonou as competições e tornou-se um dirigente esportivo. Padilha foi
o chefe das missões brasileiras nos Jogos Olímpicos de Verão de 1948,
1952, 1956 e 1960 e foi presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
entre 1963 e 1991, ocupando diversos outros cargos, entre outros: membro
do comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI, 1970 - 1978 e
1983 - 1988) e vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional.
Presidiu ainda o Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de 1963,
realizados em São Paulo. Na capital paulista, empenhou-se para a
construção da infraestrutura esportiva.
CARREIRA NO EXÉRCITO:
Sylvio casou-se aos 18 anos com "Ivone", cujo pai era almirante e o
instigou a prestar concurso para entrar no colégio militar, fato que
ocorreu, e em 1932 ele se formou em Realengo, sendo transferido para São
Paulo. Foi convidado pelo então interventor do estado, "Adhemar de
Barros", para comandar a recém-criada "Diretoria de Esportes", e sob sua
responsabilidade construiu os primeiros centros esportivos e
poliesportivos como o Baby Barioni, na Água Branca, e o Constantino Vaz
Guimarães, no Ibirapuera, além de criar uma lei estadual que
regulamentava a atividade esportiva e a "profissão do professor de
educação física".
O presidente "Getúlio Vargas" procurou seguir
os moldes da lei criada por Sylvio, mas colocando o (esporte sob tutela
do estado), "fato que Sylvio discordava", fazendo-o criticar a ação de
Getúlio. Em represália o presidente manda-o para Passo Fundo, em local
sem energia elétrica.
Sylvio procura e se entregar ao Ministro
da Guerra, "Eurico Gaspar Dutra", alegando que não cumpriria a ordem do
presidente, e que portanto "estaria se entregando para ser preso por
descumprimento da ordem". Dutra o aconselha a tirar uma licença sem
remuneração de um ano, e pouco tempo depois Sylvio abandona a carreira
militar, no posto de "major", em 1940.
CARREIRA NO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO:
Sua experiência como dirigente esportivo lhe permite assumir a
organização dos Jogos Pan-Americanos de São Paulo em 1963. no mesmo ano é
eleito presidente do COB, estando à frente da entidade em sete
Olimpíadas, de 1964 em Tóquio até 1988, em Seul.
>>>
Durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, "esteve entre os
dirigentes do COI que se ofereceram como reféns" em troca dos atletas de
Israel, no chamado "Massacre de Munique".
Durante sua gestão
Sylvio teve de enfrentar a opinião contrária dos militares, no poder
desde o Golpe de 1964 e a instalação da Ditadura Militar. Alguns
militares, inclusive, haviam se formado na mesma turma que ele.
Em 1989 sofreu um AVC, e no ano seguinte se afastou por motivos de
saúde. Recebeu diversas condecorações de mérito no Brasil, entre outros o
título de "Presidente de Honra do Comitê Olímpico Brasileiro".
(Homenagem da Banda Devassa - Rio de Janeiro, 19/07/2018).
Sylvio de Magalhães Padillha (Niterói, 05 de junho de 1909 - São Paulo,
28 de agosto de 2002), foi um atleta e dirigente esportivo brasileiro.
BIOGRAFIA.
CARREIRA NO ATLETISMO:
Nascido em Niterói, "Sylvio" era filho de "João Avelino", um militar
capitão da Marinha e campeão brasileiro de esgrima (florete), e a mãe,
"dona Thereza", morreu quando ele tinha apenas nove anos, e o pai
decidiu colocá-lo em uma escola militar. Sylvio entrou para o esporte
por acaso, ao receber convite para praticar salto em distância por um
técnico do América. Quando mudou-se para o Fluminense, clube com mais
estrutura, se especializou nas provas de pista e se tornou recordista
brasileiro dos 100m rasos, foi nas corridas com barreiras que se
consagrou - 110m e 400m.
Mudou-se aos 24 anos de idade para São
Paulo e passou a defender o "Clube Esperia". Foi campeão sulamericano de
Atletismo em diversas provas e participou nos Jogos Olímpicos de Verão
de 1932 (Los Angeles) e 1936 (Berlim), "sendo o primeiro brasileiro
classificado para a final de uma prova olímpica de atletismo", obtendo a
quinta colocação na prova dos 400 metros com barreiras. Antes de entrar
na pista para a semifinal em Berlim, ainda no aquecimento, o técnico do
clube paulistano Esperia, o austríaco "Emmannuel Matula", ouviu algumas
frases de "József Kovács", húngaro e campeão europeu da distância.
<<< "Eu sou campeão europeu, já estou na final. Vou competir até contra um que veio de país de macacos". (dissera).
Porém "Kovács" ficou em quarto em sua bateria, logo atrás de Padilha,
"não se classificando à final". Nos Jogos Olímpicos de Verão de 1948
(Londres) foi o porta-bandeira da seleção brasileira.
Em 1948
abandonou as competições e tornou-se um dirigente esportivo. Padilha foi
o chefe das missões brasileiras nos Jogos Olímpicos de Verão de 1948,
1952, 1956 e 1960 e foi presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
entre 1963 e 1991, ocupando diversos outros cargos, entre outros: membro
do comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI, 1970 - 1978 e
1983 - 1988) e vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional.
Presidiu ainda o Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de 1963,
realizados em São Paulo. Na capital paulista, empenhou-se para a
construção da infraestrutura esportiva.
CARREIRA NO EXÉRCITO:
Sylvio casou-se aos 18 anos com "Ivone", cujo pai era almirante e o
instigou a prestar concurso para entrar no colégio militar, fato que
ocorreu, e em 1932 ele se formou em Realengo, sendo transferido para São
Paulo. Foi convidado pelo então interventor do estado, "Adhemar de
Barros", para comandar a recém-criada "Diretoria de Esportes", e sob sua
responsabilidade construiu os primeiros centros esportivos e
poliesportivos como o Baby Barioni, na Água Branca, e o Constantino Vaz
Guimarães, no Ibirapuera, além de criar uma lei estadual que
regulamentava a atividade esportiva e a "profissão do professor de
educação física".
O presidente "Getúlio Vargas" procurou seguir
os moldes da lei criada por Sylvio, mas colocando o (esporte sob tutela
do estado), "fato que Sylvio discordava", fazendo-o criticar a ação de
Getúlio. Em represália o presidente manda-o para Passo Fundo, em local
sem energia elétrica.
Sylvio procura e se entregar ao Ministro
da Guerra, "Eurico Gaspar Dutra", alegando que não cumpriria a ordem do
presidente, e que portanto "estaria se entregando para ser preso por
descumprimento da ordem". Dutra o aconselha a tirar uma licença sem
remuneração de um ano, e pouco tempo depois Sylvio abandona a carreira
militar, no posto de "major", em 1940.
CARREIRA NO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO:
Sua experiência como dirigente esportivo lhe permite assumir a
organização dos Jogos Pan-Americanos de São Paulo em 1963. no mesmo ano é
eleito presidente do COB, estando à frente da entidade em sete
Olimpíadas, de 1964 em Tóquio até 1988, em Seul.
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Durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, "esteve entre os
dirigentes do COI que se ofereceram como reféns" em troca dos atletas de
Israel, no chamado "Massacre de Munique".
Durante sua gestão
Sylvio teve de enfrentar a opinião contrária dos militares, no poder
desde o Golpe de 1964 e a instalação da Ditadura Militar. Alguns
militares, inclusive, haviam se formado na mesma turma que ele.
Em 1989 sofreu um AVC, e no ano seguinte se afastou por motivos de
saúde. Recebeu diversas condecorações de mérito no Brasil, entre outros o
título de "Presidente de Honra do Comitê Olímpico Brasileiro".
(Homenagem da Banda Devassa - Rio de Janeiro, 19/07/2018).
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