segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Banda Devassa - "Marina Julia" - Praça Marechal Mauricio Cardoso. Vídeo ...

Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).


1º de Outubro - Dia Internacional da Pessoa Idosa.

OS IDOSOS...

Com alguma frequência tenho ouvido de meus amigos idosos, manifestações de desgosto, desalento e desilusão com a vida. De maneiras diferentes, todos apontam no mesmo sentido - (Que já não servem para nada, que ninguém lhes liga, mas que também não admira, porque nunca ninguém lhes deu valor ou apreciou). Ao princípio não ligava, até achava natural e que era próprio da idade.

Ultimamente tenho comentado isto com amigos e curiosamente dizem-me que os seus familiares dizem o mesmo. Sendo assim, parece-me um fenômeno generalizado, o que é preocupante.

Pensei no assunto e cheguei á conclusão que nós somos os culpados. Somos culpados porque não dialogamos com eles, e quando o fazemos, se não ouvimos o que queremos ou gostamos, acabamos por arrematar o diálogo com frases fatídicas, do tipo: “agora já não é assim”, “isso era no seu tempo”, “você sabe lá o que está a dizer” etc…, e desligamos. Uma atitude destas é, no mínimo, desumana.

É verdade que determinados assuntos da atualidade sejam do seu desconhecimento e consequentemente a sua opinião seja descabida ou disparatada. Mas eles querem falar, querem ser simpáticos, querem ser prestáveis, em suma, querem sentir-se úteis. De fato deve ser muito triste, sentirmo-nos passados e inúteis e pensar que a nossa vida foi banal e sem qualquer importância. Fatos essenciais que levam o idoso, em desespero, a manifestar-se da maneira que o faz.

Em face disto, e se a minha teoria estiver certa, porque não mudarmos o sentido do diálogo, para algo que eles saibam discutir - (chamar-lhes a atenção para o bom que foi eles terem existido, o quanto contribuíram para a felicidade dos que com eles conviveram, lembrar-lhes coisas boas do passado, lembrar-lhes algo de notável que tenham feito ou que lhes tenha acontecido) - não conheço nenhum idoso que não goste de falar no seu passado.

No fundo é retribuir-lhes o amor e carinho, que nos deram, quando deles precisamos. E, quantas coisas mais poderíamos fazer por eles? Penso que muitas.

Se todos procedêssemos deste modo, aquelas angústias e desesperos com que deparamos, certamente, tenderiam a desaparecer.

Se nos transformarmos nos seus Anjos da Guarda, contribuiremos para que os seus últimos dias de vida, sejam passados com alguma felicidade e dignidade...

(Banda Devassa - Rio, 1º/10/2018).

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