23 de Novembro de 1891 - Primeira Revolta da Armada.
REVOLTA DA ARMADA.
A Revolta da Armada foi uma rebelião promovida por algumas unidades da Marinha brasileira contra o governo de Floriano Peixoto.
Começa no Rio de Janeiro em setembro de 1893, estende-se à Região Sul e prolonga-se até março de 1894.
Com a renúncia de Deodoro da Fonseca à Presidência da República em 23 de novembro de 1891, passados nove meses de governo, o vice-presidente Floriano Peixoto assume o cargo.
A Constituição, no entanto, prevê nova eleição caso a Presidência ou a Vice-Presidência fiquem vagas antes de decorridos dois anos de mandato.
A oposição acusa Floriano de manter-se ilegalmente à frente da nação. Em 6 de setembro de 1893, um grupo de altos oficiais da Marinha exige a imediata convocação dos eleitores para a escolha dos governantes.
Entre os revoltosos estão os almirantes Saldanha da Gama, Eduardo Wandelkok e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e candidato declarado à sucessão de Floriano. Sua adesão reflete o descontentamento da Armada com o pequeno prestígio político da Marinha em comparação ao do Exército.
No movimento encontram-se também jovens oficiais e muitos monarquistas.
A revolta consegue pouco apoio no Rio. Sem chance de vitória, os revoltosos dirigem-se ao sul. Alguns efetivos desembarcam em Desterro (atual Florianópolis) e tentam, inutilmente, articular-se com os federalistas gaúchos.
Floriano adquire novos navios no exterior e com eles derrota a Revolta da Armada em março de 1894.
O que foi a revolta armada?
A Revolta da Armada foi um movimento deflagrado por setores da Marinha brasileira em 1893 contra o presidente da República, marechal Floriano Peixoto.
Encabeçado pelo contra-almirante Custódio de Melo e pelo almirante Luiz Filipe Saldanha da Gama, o episódio expressou com clareza os interesses e as disputas políticas do início do período republicano.
Ocorreu em duas fases:
Primeira Revolta Armada
Aconteceu no ano de 1891, em represália à maneira de atuar do então presidente da República Marechal Deodoro da Fonseca que, ao ver-se diante de sérios problemas para lidar com os partidos políticos contrários ao governo – representados pela nata cafeicultora -, resolveu tomar uma atitude radical, fechar o Congresso, transgredindo a Constituição de 1891. Uma ação coletiva por parte de alguns centros da marinha, entre eles o da Baía de Guanabara, que se revoltaram e prometeram atacar a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República.
Para evitar o pior, Deodoro da Fonseca, então com apenas nove meses de gestão, decidiu renunciar. Seu vice, Floriano Peixoto, assume provisoriamente, pois segundo a Constituição, no prazo sumo de dois anos seriam chamadas novas eleições presidenciais. Quando se aproximava o fim de seu mandato a oposição começou a alardear que Floriano pretendia continuar no governo ilicitamente.
Segunda Revolta Armada
Teve início com uma agitação encabeçada por alguns generais, que enviaram uma carta ao presidente Floriano Peixoto ordenando-lhe que convocasse imediatamente novas eleições, em obediência à Constituição. O presidente coibiu severamente a insubordinação, ordenando a prisão dos condutores do levante.
O golpe era comandado pelos oficiais superiores da armada Saldanha da Gama e Custódio de Melo, que ambicionava substituir Floriano Peixoto.
O movimento retratava a insatisfação da Marinha, que se sentia politicamente inferior ao Exército. O levante não encontra apoio necessário no Rio de Janeiro, migrando então para o Sul. Algumas tropas se aquartelaram na cidade de Desterro – Atual Florianópolis – e tentaram um acordo com os gaúchos partidários do federalismo, porém sem êxito. Em março de 1894 o Presidente da República, amparado pelas forças do Exército brasileiro, pelo Partido Republicano Paulista e contando com uma nova frota de navios obtida com urgência no exterior, abafou o movimento.
(Banda Devassa - Rio. - 23/11/2018).
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